domingo, 3 de novembro de 2019

Em apoio a Eduardo Bolsonaro, Feliciano quer cassar Humberto Costa

Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Por Amanda Miranda em Notícias
Alvo de representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por falar em um “novo AI-5”, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) agora quer acionar o colegiado contra outros parlamentares.
O filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) compartilhou um tuíte do também deputado Marco Feliciano (Podemos-SP), em que o parlamentar da bancada evangélica defende a cassação do pernambucano Humberto Costa (PT). 
“Se Eduardo Bolsonaro tem que ser cassado, Humberto Costa também tem! Defesa da democracia não pode ser seletiva”, diz Feliciano, marcando os perfis oficiais dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Estou coletando posts e falas de parlamentares para representar no Conselho de Ética por conta de incitação a desordem e quebra da democracia”, respondeu Eduardo Bolsonaro.
Minutos antes, o deputado havia publicado um vídeo montado em que aparecem a deputada federal Benedita da Silva (PT-PE), o professor Mauro Iasi (PCB), os ex-ministros José Dirceu e Ciro Gomes (PDT) e os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos.
No Twitter, Eduardo Bolsonaro afirma que eles “pregaram a violência como forma política”, são de esquerda e “foram afagados pela extrema imprensa”.

AI-5

A representação contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética foi feita após a publicação de um vídeo no canal da jornalista Leda Nagle no Youtube, em que o deputado relaciona os protestos no Chile e em outros países da América Latina com o Brasil e defende que haja “resposta” à esquerda.
“Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de plebiscito como ocorreu na Itália”, disse na entrevista.
O Ato Institucional número 5 foi instituído em 1968 e marcou um endurecimento da ditadura militar. Com o AI-5, o governo militar passou a ter o direito de suspender os direitos políticos de qualquer cidadão e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.
Por causa da declaração, parlamentares de seis partidos também apresentaram uma notícia-crime contra Eduardo Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Líder do PT no Senado, Humberto Costa é um dos que assinam o documento.

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