Josias de Souza

O preso José Dirceu, “guerreiro do povo brasileiro”, apoia o boicote. A investigada Gleise Hoffmann, presidente do PT, acha que o debate expõe a gravidade da hipotética perseguição a Lula. José Américo, deputado estadual do PT de São Paulo, chega a dizer que, sem Lula na urna eleitoral, o país corre “um risco de guerra civil.” Dizia-se o mesmo do impeachment. Mas a única arma que o brasileiro pegou foi o currículo —13 milhões estão na batalha pelo emprego perdido sob Dilma.
Em 13 anos, o PT produziu dois mega-escândalos. No mensalão, Lula safou-se. No petrolão, até o companheiro Palocci o chama de corrupto. Os partidos políticos brasileiros têm cabeças demais e miolos de menos. O PT sofre da mesma escassez de miolos, mas com uma cabeça só. O que o PT informa agora, com outras palavras, é o seguinte: se o cabeça for preso, a organização desistirá de se apresentar como partido político para se refundar como uma piada.
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