quinta-feira, 14 de maio de 2009

DEM cobra seu preço a Sérgio Guerra

Eleições 2010 // Partido exige do PSDB uma coligação para deputado estadual e federal em troca do apoio à reeleição do senador.
As diferenças entre Democratas e PSDB estão cada dia mais aguçadas nesta fase em que a oposição se articula para retomar em 2010 a aliança que governou Pernambuco entre 1999 e 2006. Depois de externar a possibilidade de apoiar o deputado Armando Monteiro Neto (PTB) na corrida pelo Senado, em detrimento da reeleição do senador Sérgio Guerra (PSDB), o DEM volta a ameaçar. Desta vez condiciona a adesão à candidatura do tucano à entrada do PSDB numa coligação para a corrida à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa. Líderes do PSDB, porém, já afirmaram que não desejam essa coligação.A atitude do DEM é resultado da soma de fatores que inclui ainda a boa relação cultivada por Guerra e prefeitos do PSDB com o governador Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à reeleição, desafeto do ex-governador e senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), nome preferido pela oposição para a disputa do governo no próximo ano. Os oposicionistas entendem que, ao se mostrar afinado com o atual governo, Guerra contribui para desestimular Jarbas a voltar a concorrer ao Executivo. O incômodo do DEM tem sido levado a Guerra nas constantes visitas que o deputado José Mendonça e o presidente regional da legenda, Mendonça Filho, têm feito ao senador. Os democratas querem garantias de que os tucanos estarão presentes no chapão. Afinal, precisam de quadros com reais chances de vitória para viabilizar a reeleição de Marco Maciel ao Senado - prioridade da sigla para 2010. No entanto, Guerra, presidente nacional do PSDB e principal liderança do partido em Pernambuco, ainda não sinalizou se interferirá na questão. O DEM decidiu, então, jogar duro. "Como os nossos deputados votarão num candidato (ao Senado) de um partido que se coloca como adversário?", indagou ontem um democrata em reserva. "Aliás, é bom deixar claro que se não coligarmos para estadual, não nos coligaremos para nada. Nem para a disputa federal, nem para o Senado". Embora informe que não esteja ainda discutindo internamente suachapa, o DEM afirma que a postura do PSDB inviabiliza, por exemplo, a repetição da coligação para deputado federal ocorrida em 2006. Na época, ao se unirem ao PSDB e PMDB, os democratas, dizem eles, perderam duas cadeiras. Elegeram Roberto Magalhães, André de Paula e José Mendonça, mas amargaram as derrotas de Joaquim Francisco e Roberto Liberato, cujas vagas eram tidas como certas. Em contrapartida, o PSDB, que não contava com representantes na Câmara, elegeu Bruno Araújo e Bruno Rodrigues.O DEM é reticente ao fazer prognósticos de quantos deputados poderá eleger caso concorra isoladamente ou com chapão. Se sair sozinho, estima-se, o DEM pode perder de três a quatro cadeiras das sete que tem hoje. Ao mesmo tempo, um chapão com PSDB, PPS, PMN e PMDB garantiria aos democratas mais vagas, sendo quatro praticamente certas: as de Miriam Lacerda, Maviael Cavalcanti, Ciro Coelho e João Mendonça (ex-prefeito de Belo Jardim, que herdaria os votos de Augusto Coutinho, que deve concorrer a deputado federal). É essa possilidade de largar com uma desvantagem de quatro a zero o que assusta o PSDB, hoje com sete cadeiras. DP 14/05/2009.

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