quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

OS DISFARCES DE JOSÉ DIRCEU

Um dos principais delatores da operação Lava Jato da Polícia Federal, o doleiro Alberto Yousseff declarou à Justiça, em outubro, que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, eram os responsáveis no PT por receber as propinas das empreiteiras envolvidas no esquema da Petrobras.
Youssef disse que o consultor Júlio Camargo — que já admitiu ter intermediado propina no esquema da Petrobras — tinha uma relação “muito boa” com Dirceu e uma ligação com o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palloci. Ainda de acordo com Youssef, a ligação entre Dirceu e Camargo também era pessoal. O ex-ministro usava o jatinho do consultor com frequência. Na contabilidade de Camargo o nome de Dirceu aparecia como “Bob”.
Os pagamentos de propinas feitas por Julio Camargo, que foi consultor da Camargo Corrêa e da Toyo-Setal, ocorriam em um edifício na Rua Joaquim Floriano, no Itaim Bibi, entre 2005 e 2012. De acordo com Youssef, ele operou só neste esquema R$ 27 milhões que foram distribuídos aos agentes políticos.
“O dinheiro entregue pelo declarante em São Paulo servia para pagamento da Camargo Corrêa e da Mitsue Toyo ao PT, sendo que as pessoas indicadas para efetivar os recebimentos à época eram João Vaccari e José Dirceu”, afirmou Youssef em depoimento à Polícia Federal.

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