
Lula fez uma série de declarações explosivas, em reuniões fechadas mas com muita gente (e, como dizia Tancredo Neves, se o segredo é conhecido por mais de uma pessoa deixa de ser segredo). Disse que muitos petistas só pensam hoje em cargos, empregos, boquinhas; que o PT perdeu a utopia; que os militantes só militam por pagamento; que Dilma não o ouve e tem mão pesada para política.
Lula definitivamente não é bobo. Sabe que tudo o que diz nessas reuniões será divulgado. Ou seja, falou para que todos saibam, mas numa situação em que pode dizer que não foi bem assim. Mostra sua insatisfação com o PT e o Governo, busca livrar-se da má imagem do partido e da presidente que elegeu, mas sem rupturas. Quer ter as vantagens de ambos os lados.
Lula é um político hábil e executa bem seu jogo. Só se equivoca ao dizer que o PT perdeu a utopia. Utopia não é sinônimo de pudor.
É um erro atribuir o apelido Brahma, pelo qual Lula era conhecido por alguns empreiteiros, a eventuais hábitos pessoais. É Brahma por ser o Número 1.
O que, a propósito, considerando-se o momento, é muito mais comprometedor.
É um erro atribuir o apelido Brahma, pelo qual Lula era conhecido por alguns empreiteiros, a eventuais hábitos pessoais. É Brahma por ser o Número 1.
O que, a propósito, considerando-se o momento, é muito mais comprometedor.
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