
De fato, o ministro já está se movimentando de olho na sucessão no Recife. Ontem, recebeu em seu gabinete de Brasília o pré-candidato do PT a prefeito, João Paulo, que lhe procurou para pedir apoio. Ao petista, o ministro explicou que a melhor estratégia seria a oposição lançar mão de vários nomes para provocar um segundo turno, o que fragilizaria Geraldo.
Armando tem a desconfiança ou a quase certeza de que o DEM, pelas amarras com o Governo de Paulo Câmara e a ocupação de espaços também na gestão de Geraldo, não tem interesse em patrocinar a candidatura de Priscila, que se movimenta para disputar a Prefeitura pelo fato de ter uma posição confortável: perdendo, mantém seu mandato na Assembleia por mais dois anos, com chances de aumentar sua votação no Recife pela forte exposição na mídia.
O presidente estadual do DEM, Mendonça Filho, foi provocado sobre o assunto. A este blogueiro, disse que no momento adequado irá ter uma conversa com a deputada. Priscila, entretanto, só tem 30 dias a contar de hoje para decidir se fica no partido ou procura outro rumo.
É que será promulgada hoje, em sessão do Congresso já convocada pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), a chamada “janela de infidelidade”, pela qual os deputados têm um mês para trocar de partido. O que se diz em Brasília é que 80 deputados federais mudarão de legenda.
A lei permite a troca de partido para os federais e estaduais, já que os senadores são considerados cargos majoritários e podem mudar de partido a qualquer momento. Esse período de 30 dias, que se esgota em 18 de março, tende a provocar uma grande mudança no cenário partidário.
Se quiser de fato disputar Recife, Priscila terá que decidir dentro deste prazo o seu destino. Ao PTB cabe esperar por uma sinalização dela. “A bola está com a deputada. Só ela tem o poder de decisão. Quanto a Armando, ele está aberto para o fechamento de um entendimento que leve a legenda trabalhista a abrigar Priscila”, disse uma fonte ligada ao ministro.
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