domingo, 29 de julho de 2018

Doria é lançado candidato ao governo de São Paulo


O ex-prefeito de São Paulo, João Doria, é lançado candidato ao governo com ‘Moro herói’ e ataques à esquerda. Em convenção do PSDB, ex-prefeito de São Paulo também adotou tom conciliador em relação ao presidenciável Geraldo Alckmin, com quem rivalizou internamente.
O pré-candidato ao governo de São Paulo, João Doria, na convenção do PSDB - 28/07/2018 (Facebook/Reprodução)
 Veja - Por João Pedroso de Campos

O PSDB paulista oficializou neste sábado, 28, o nome do ex-prefeito de São Paulo João Doria Jr. (PSDB) como candidato do partido ao governo do estado. Na campanha em que tentará fazer os tucanos chegarem a 28 anos de poder no estado mais rico e populoso do país, Doria terá como companheiro de chapa o deputado federal Rodrigo Garcia, indicado pelo DEM como vice na chapa.
João Doria chegou à convenção por volta das 12h e fez o discurso de encerramento do encontro, por volta das 14h. Como sempre, sua participação foi introduzida pelo “tema da vitória” de Ayrton Senna.
Em sua fala, Doria adotou tom conciliador em relação a Geraldo Alckmin, chamando-o diversas vezes de “presidente” e “futuro presidente”, e disse que trabalhará para garantir uma vitória ao ex-governador no estado. Ele mais exaltou os governos tucanos em São Paulo do que falou da própria candidatura.
Já Alckmin, que chegou ao evento por volta as 13h30, depois de participar da convenção nacional do PTB, em Brasília, ressaltou a saúde fiscal do estado sob sua gestão e pouco citou Doria em seu discurso. Quando o fez, foi para classificá-lo como “homem de inovação” e exaltar sua “capacidade de trabalho”. Os dois chegaram a rivalizar internamente pela indicação do PSDB à Presidência.
Fora os acenos a Geraldo Alckmin, o ex-prefeito usou seu discurso para atacar a esquerda e o Partido dos Trabalhadores, que terá como candidato ao governo de São Paulo o ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho.
“O PT e partidos de esquerda prometem muito, fazem pouco e, quando fazem, é para roubar o povo, roubar os mais humildes. Temos treze milhões de desempregados”, afirmou o tucano, que também criticou o “radicalismo” em sua fala.
João Doria declarou apoio às investigações anticorrupção no país e classificou como “herói” o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Paraná e por condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao falar sobre a prisão de Lula, Doria citou a detenção de tucanos por corrupção, sem, contudo, mencionar seus nomes.
“O herói Sergio Moro, juiz destemido e corajoso, colocou Lula na cadeia e já pôs vários outros. Não há seletividade não, vai para a cadeia quem merecer ir para a cadeia, de qualquer partido, inclusive o meu. Se é ladrão, cadeia”, afirmou.
No que chamou de “recadinho” a Paulo Skaf, candidato do MDB ao governo paulista, João Doria disse que não há “estafa” da população com o PSDB, mesmo após 24 anos. “Você não tem autoridade para falar de continuidade”, ironizou, em referência aos 14 anos de Skaf na presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Vice-líder nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Doria, o emedebista também foi criticado por Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista. Citando a relação entre Skaf e o ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho (1991-1994), Tobias disse que o adversário de Doria representa uma “volta ao passado”.
Dono da maior coalizão de partidos na disputa em São Paulo, João Doria ainda atacou, sem citar nomes, candidatos que criticam a formação de alianças para as eleições. “Quem advoga contra alianças é quem não soube e não teve a credibilidade para fazê-las. Quis e não conseguiu.”

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