quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Mais para grêmio estudantil do que para partido político

Coluna Fogo Cruzado 


Cabe ao PCdoB e aos outros partidos de oposição respeitar a vitória de Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro obteve vitória incontrastável nas eleições do último domingo, derrotando o candidato do PT, Fernando Haddad, por mais de 10 milhões de votos. A campanha teve muito radicalismo do inicio ao fim devido às posições polêmicas do capitão sobre democracia, direitos humanos, respeito às minorias e o golpe militar de 64. Mas não se pode acusá-lo de ter escondido o pensamento para ganhar a eleição. Ele disputou dentro das regras do jogo, por um partido nanico que tinha apenas oito segundos de televisão e, sem nenhuma aliança relevante, chegou ao segundo turno e sagrou-se vitorioso. Até aí, nada demais! Há que se respeitar a vontade da maioria do eleitorado como fizeram, entre outros, Marina Silva, Ciro Gomes e Fernando Haddad. O surpreendente nessa história foi nota infantil divulgada pelo PCdoB, mais para grêmio estudantil do que para partido político com quase um século de existência. A nota assinada pela presidente nacional do partido, Luciana Santos, vice-governadora eleita de Pernambuco, não faz jus à sua inteligência e nem à história dos comunistas. Ela contém uma série de obviedades sobre a influência das “fake news” no processo eleitoral, diz que Bolsonaro é uma ameaça à democracia e à soberania nacional, que foi eleito pregando a violência e o ódio, e que a “lisura” do pleito foi comprometida “para favorecer o candidato da extrema direita”. Ora, se a lisura do pleito estava comprometida, por que o PCdoB participou dele como a candidata a vice Manoela D’Ávila? O país não está à beira do caos como se diz e nem vai acabar-se por causa da vitória de Bolsonaro. Houve um processo normal de alternância de poder e cabe ao PCdoB curvar-se ao resultado das urnas. É assim que as democracias funcionam.

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