sexta-feira, 4 de maio de 2012

A oposição surgirá do próprio governo

Depois da eleição municipal, o quadro político em Pernambuco deve passar por grandes transformações. Se a Frente Popular permanecesse unida, poderia governar o Estado por 16 ou 20 anos, mas deverá fragmentar-se após a eleição dos novos prefeitos. No dia seguinte à contagem dos votos estarão com suas campanhas nas ruas o ministro Fernando Bezerra Coelho e os senadores Armando Monteiro e Humberto Costa dado que não há um nome natural à sucessão de Eduardo Campos.

Além disso, essa rearrumação deve acelerar-se por causa da reaproximação do governador com o senador Jarbas Vasconcelos. Isso fatalmente empurrará Mendonça Filho para os braços de Armando Monteiro (os dois já estão se entendendo sobre a eleição de Santa Cruz do Capibaribe) e deixará o deputado Sérgio Guerra no mato sem cachorro, já que o namoro do PSB com os peemedebistas afastará inexoravelmente o presidente nacional do PSDB dos palanques da Frente Popular.

Tudo ainda é muito embrionário, mas é o cenário que se vislumbra para o pós eleições, independente da candidatura de Eduardo Campos a presidente da República. O governador está no propósito, legítimo, de unir Pernambuco em torno do seu nome, mas deve esbarrar numa dificuldade de ordem prática: não há, como nunca houve no passado, espaço para todos num lado só. Quando a oposição é sufocada, ou some do mapa, desabrocha automaticamente no próprio bloco governista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Patos no Caminho da Mudança!

Ramonilson Alves, Deputado Federal Eflain Filho, Benone Leão e Umberto Joubert.  Por uma Patos Melhor!