
Ilimar Franco - O Globo
Sem o PT no governo para dividir o comando das estatais do setor elétrico, o PMDB vai assumir a presidência das principais empresas do setor. A maior delas, a Eletrobras, será mantida nas mãos do PMDB do Senado. O critério adotado na Petrobras, para onde foi escolhido um Executivo reconhecido pelo mercado, Pedro Parente, não deve ser a regra. Na Petrobras, o presidente interino Michel Temer disse que não seriam aceitas indicações políticas. No sistema elétrico será diferente.
-- Não necessariamente. Estamos avaliando todas as alternativas. Mas a escolha será feita tendo como base a competência e a qualificação -- afirma um integrante do time de Michel Temer, ao rejeitar a existência de veto às indicações políticas.
O atual presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, nomeado pelo ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão, e que tem o aval do ex-Presidente da República José Sarney, deve ser substituído. O novo presidente também será indicado pelo PMDB do Senado, e terá como padrinhos o presidente do Senado, Renan Calheiros (foto à direita em cima), e o líder Eunício Oliveira (foto à direita embaixo). A indicação de Renan está sendo mantida em sigilo.
Uma de suas tarefas é sanear a empresa, que teve um prejuízo de R$ 14,4 bilhões no ano passado, tem uma dívida de mais de R$ 40 bilhões e está com a negociação de suas ações na Bolsa de New York. A estatal tem participação ou controle acionário de dezenas de empresas de geração e transmissão de energia, entre as quais as usinas de Belo Monte (49,98%), Jirau (40%) e Santo Antônio (39%).
O PMDB do Rio também faz pressão. Ele quer retomar o controle de Furnas. O presidente local da legenda, o deputado estadual Jorge Picciani (foto à esquerda embaixo), está fazendo as gestões. Entre os ex-presidentes da empresa, indicados pelo PMDB fluminense, estão Luiz Paulo Conde (2007/2008) e Carlos Nadalutti Filho (2008/2011). Esse último caiu sob a alegação que era indicado pelo presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O presidente atual Flávio Decat de Moura, nomeado em 2011, também teria o aval de Edison Lobão e José Sarney, embora nos bastidores se diga que eles apadrinharam uma escolha da própria Dilma.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (foto central), também será contemplado. Seu partido, o PSB, vai assumir a presidência da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco). Esse cargo era ocupado por indicações dos socialistas desde a posse do ex-presidente Lula, em 2003. Mas com a candidatura presidencial de Eduardo Campos, em 2014, a presidente afastada, Dilma Rousseff, nomeou para o cargo José Carlos de Miranda Farias, indicado pelo PP de Pernambuco.
A empresa Binacional Itaipu, que é presidida desde 2003 pelo petista Jorge Samek, também mudará de mãos. Ele já colocou seu cargo à disposição, embora seu mandato não se encerre agora, e só está esperando para fazer a transição. O próximo presidente, indicado pelo PMDB do Paraná, deve ser Rodrigo Rocha Loures, ex-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (2203/2011) e atual vice-presidente da CNI. O empresário é pai de um dos assessores de Michel Temer, o ex-deputado Rocha Loures.
-- Conhecer o setor não é um critério absoluto. Tem que ter capacidade gerencial. O Fernando Henrique era economista? E deu no que deu (Plano Real). O Osmar Dias virou referência no agronegócio -- comenta um assessor de Temer.
Apesar disso, uma ala do PMDB paranaense defende a escolha do atual vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Osmar Dias. Sua nomeação teria como objetivo preparar sua candidatura ao governo do Paraná em 2018. O DEM também resolveu disputar o cargo e está indicando o presidente da Companhia de Habitação do Paraná, o ex-deputado Abelardo Lupion, que tem como avalista o governador Beto Richa (PSDB).
A Eletronorte, que tem sua sede em Belém, é tradicionalmente um cargo do PMDB do Pará. A escolha de seu ocupante passa pelas mãos do presidente do PMDB local, senador Jáder Barbalho (foto à esquerda em cima). O atual, Tito Cardoso de Oliveira Neto, foi indicado por Jáder. Agora, no governo Temer, Jáder continuará mandando, mas o Planalto espera que ele promova uma negociação com os senadores Petecão (PSD-AC), Omar Aziz (PSD-AM) e o ex-ministro e senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Não se sabe ainda, se Jáder vai manter Ttio ou fazer nova indicação.
Caberá também ao PMDB nomear o presidente da Eletrosul. O cargo ficará com oPMDB de Santa Catarina. Os petistas, nos governos de Lula e da afastada Dilma, desalojaram os peemedebistas. Apenas por um breve período, no ano passado, a estatal foi presidida por Djalma Berger, irmão do senador Dário Berger (PMDB-SC). Nessa semana, a Secretaria de Governo, sob o comando do ministro Geddel Vieira Lima, deve concluir as negociações e levar os nomes para o presidente interino, Michel Temer, bater o martelo.
Do UOL
O tucano Aloysio Nunes (PSDB-SP) será o novo líder do governo no Senado. A informação foi confirmada pelo ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Aloysio foi vice candidato à presidente na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014 e é citado no âmbito das investigações da operação Lava Jato.
Uma reunião urgente acontece neste momento na residência oficial do Senado, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Renan Calheiros (PMDB-AL) convocou lideranças partidárias para o encontro. "Alguma reviravolta está por acontecer", afirma o deputado federal Marcos Rotta (PMDB-AM).
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) divulgou nas redes sociais um vídeo com o seu primeiro discurso como líder do governo do presidente em exercício Michel Temer. Ele centrou sua fala em argumentos pelo impeachment de Dilma e, com duras críticas à presidente afastada, mostrou que esse será seu compromisso.
Folha de S.Paulo
O Globo
Do G1
Estadão
Do G1
Da GloboNews

Da Folha de São Paulo
Meio por cento da vazão da bacia hidrográfica do Amazonas, que joga no oceano atlântico 200 mil metros cúbicos de água por segundo, resolveria o problema da seca do Nordeste. É o que defende um projeto do Movimento Nordestino pela bacia do Amazonas, que propõe levar, por meio de tubulações, água do município de Breves, no Pará, até a cidade de Araripina, no Sertão de Pernambuco.
O presidente nacional do Partido Verde, José Luiz Penna, chega na noite desta sexta-feira ao Recife, para participar, amanhã, do Encontro Estadual do PV, que acontece no Hotel Manibu, na Praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
O secretário estadual de Planejamento, Danilo Cabral, vai mesmo assumir o seu mandato de deputado federal. O martelo foi batido, há pouco, num encontro com o governador Paulo Câmara. Em Brasília, será o interlocutor do Governo do Estado com o Governo Temer. Estão citados para substituir Danilo no Planejamento o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, o secretário de Administração, Milton Coelho, além de Ruy bezerra, Rodrigo Amaro e Thiago Norões. Com a volta de Danilo, perde o mantado de suplente Roberto Teixeira, do PP.
