quarta-feira, 20 de maio de 2015

Agripino critica aumento de limite de R$ 50 bi para o BNDES


O presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), criticou a aprovação, nesta terça-feira (19), pelo plenário do Senado, da medida provisória (MP) que aumenta em R$ 50 bilhões o limite de recursos que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá emprestar com subvenção econômica da União. Para o parlamentar, aprovar esta matéria, em tempos em que o país sofre uma grave crise econômica, é sacrificar o trabalhador, que arcará com essa conta, além de aumentar a dívida interna brasileira – hoje em R$ 2,4 trilhões.
“Jamais poderia ser contra um programa de investimento do Brasil, se eu me alinho entre aqueles que defendem o empreendedorismo, a livre iniciativa, a capacidade de investimento para gerar emprego. Mas não tenho direito de ser insensato e incoerente”, disse o parlamentar durante a votação da matéria. Segundo ele, ao tomar emprestado mais recursos do BNDES para bancar, por exemplo, as milhares de obras paradas da construção civil e da indústria – atividades em recessão no país -, o governo federal aumentará a dívida bruta do país, além de impulsionar a inflação.
“R$ 50 bilhões significam aumento real de uma dívida interna estrondosa de R$ 2,4 trilhões já que este dinheiro o Tesouro não tem. Se o governo, com essa proposta de ajuste fiscal, está cortando do trabalhador para poupar e aumentar o superávit primário, ele vai buscar de onde esse dinheiro? Do cidadão brasileiro”, criticou Agripino. Para o senador, ao ser aprovado o empréstimo, o governo federal terá de compensar o pagamento deste recurso ajustando o preço de serviços oferecidos à população.
Com a aprovação da medida provisória, o limite de investimento do BNDES passa para R$ 452 bilhões. A matéria segue para sanção presidencial. “Não tenho o direito de ser insensato, incoerente. Mesmo contrariando meu espírito empreendedor, entendo que o momento não está para praticar esse tipo de benesse. Votei contra em nome do equilíbrio fiscal de uma nação chamada Brasil”, concluiu.

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