quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PF aponta ‘alto grau de suspeita’ sobre tríplex que seria de Lula

Estadão
POR RICARDO BRANDT, ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA, ANDREZA MATAIS, FAUSTO MACEDO E JULIA AFFONSO
Diagrama da Operação Triplo X inclui apartamento 164 A do Condomínio Solaris, no Guarujá, no rol de imóveis sob investigação
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
A Polícia Federal incluiu o triplex 164-A, que seria da família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo, no rol de imóveis com “alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade” sob investigação na Operação Triplo X – 22ª fase da Lava Jato – deflagrada nesta quarta-feira, 27.
“Manobras financeiras e comerciais complexas envolvendo a empreiteira OAS, a cooperativa Bancoop e pessoas vinculadas a esta última e ao Partido dos Trabalhadores apontam que unidades do condomínio Solaris, localizado na Avenida General Monteiro de Barros, 638, em Guarujá-SP, podem ter sido repassadas a título de propina pela OAS em troca de benesses junto aos contratos da Petrobrás”, informa a representação de prisões e de buscas e apreensões da Triplo X assinada pela delegada Erika Mialik Marena, da equipe da Lava Jato, em Curitiba.
“Além das inconsistências já detectadas quanto ao imóvel que pertencera a Marice Correa de Lima (cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto), igualmente chamaram a atenção outros imóveis do mesmo condomínio que indicaram alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade”, registra a PF.
pf-solaris
O relatório da PF é ilustrado com um diagrama que inclui oito tríplex do condomínio Solaris, quatro da Torre A e quatro da Torre B – entre eles o 164 A. O diagrama montado pela PF indica que a OAS – empreiteira acusada por cartel no esquema de propinas na Petrobrás – aparece como proprietária do triplex 164 A.
O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, declarou nesta quarta que ‘todos os apartamentos’ do Condomínio Solaris, no Guarujá, são alvos da investigação sobre esquema de offshores criadas para remessas ao exterior de propinas relacionadas às fraudes na Petrobrás.
“A investigação tem um pé na busca de patrimônio (oculto). Entendemos que todos os apartamentos devam ser investigados. Não estamos focando somente no apartamento da Nelci (Warken) ou eventualmente alguns envolvendo familiares de Vaccari”, afirmou.

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