
“Hoje houve várias prisões envolvendo a empresa que cuidava do sistema do Ministério do Planejamento, inclusive o ministro do Planejamento na época, em 2009, foi preso. A empresa que cuida desse sistema, por acaso é a Consist? Sem juízo de valor, mas é porque ela está envolvida nesse escândalo de hoje”, afirmou Janaina.
A menção rompeu um "acordo tácito" dos senadores de ignorar o tema. A senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM) irritou-se. Ela reclamou que a advogada fazia discurso político na comissão.
“Acho que essa senhora não está aqui para fazer discurso político, está para defender denúncia que ela fez. Repilo esse discurso político que ela vem fazendo”, reclamou Vanessa.
O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), defendeu Janaina. Afirmou que o advogado de defesa, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, também fez, em alguns momentos, discurso político.
Esther respondeu à pergunta de Janaina afirmando que o sistema não é feito pela Consist, mas pela própria Secretaria de Orçamento Federal.
Janaina afirmou também que a defesa recorreu ao discurso político ao falar em golpe e ter requerido áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado nos quais integrantes da cúpula do PMDB falam sobre parar a Lava-Jato. Ela destacou que esses áudios levaram ao pedido de prisão de Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney.
“Quando é pedido de prisão de determinado partido é jurídico, quando é prisão de um cabeção do PT, aí é político? Não consigo entender”, afirmou a jurista.
O advogado José Eduardo Cardozo disse que não fala de política, mas de dados do processo. A sessão foi encerrada com o fim do depoimento de Esther.
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