sexta-feira, 24 de junho de 2016

Primeiro-ministro renuncia após resultado do referendo


O primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante pronunciamento após referendo optar por sair da União Europeia (Foto: Stefan Wermuth / Reuters)
'Negociação deve começar com um novo primeiro-ministro', afirma Cameron.
Político convocou referendo, mas queria a permanência na União Europeia.
Portal G1
Após os britânicos decidirem em plebiscito sair da União Europeia, o primeiro-ministro David Cameron afirmou que o Reino Unido "deve buscar um novo primeiro-ministro" e anunciou que vai renunciar ao cargo, em pronunciamento foi feito à imprensa nesta sexta-feira (24) em frente ao número 10 de Downing Street, residência oficial do premiê britânico.
"Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada", afirmou Cameron. "A vontade dos britânicos deve ser seguida". O premiê ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar adiante a decisão do referendo. "A negociação deve começar com um novo primeiro-ministro", disse o político.
A vitória do "Brexit" derrubou também as Bolsas na Ásia e os mercados futuros da Europa e dos Estados Unidos antes mesmo do resultado oficial ser divulgado. A libra esterlina, moeda do Reino Unido, despencou dois dígitos e atingiu o menor valor frente ao dólar em 31 anos.
"Agora que a decisão foi tomada, precisamos encontrar o melhor caminho. Farei o que for preciso para ajudar", afirmou Cameron, projetando deixar o cargo até outubro. "Eu amo esse país e me sinto honrado de ter servido a ele."
O primeiro-ministro britânico estava sob intensa pressão para renunciar. O político é o responsável pela convocação do referendo, por ter prometido - e cumprido - convocar o referendo se vencesse com maioria as eleições gerais de 2015, mas havia se posicionado a favor de permanecer no bloco europeu e alertado sobre o risco do "Brexit".
"Brexit" é a abreviação das palavras em inglês "Britain" (Grã-Bretanha) e "exit" (saída) para designar a saída do Reino Unido do bloco europeu.
No sábado (18), em entrevista ao jornal "The Times", Cameron havia dito que continuaria à frente do governo independentemente do resultado do referendo, por se sentir a pessoa mais adequada para liderar as negociações que seriam desencadeadas pela decisão, devido a suas "sólidas relações" na Europa.

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