sexta-feira, 24 de junho de 2016

PF e MP prendem fraudadores de fundos de pensão


Folha de S.Paulo - Marco Antonio Martins
Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram nesta manhã de sexta (24) a operação Recomeço que apura possíveis fraudes nos fundos de pensão do Postalis (Correios) e Petros (Petrobras). A Justiça Federal deferiu a prisão de sete pessoas e buscas no Rio, Brasilia e São Paulo. Os procuradores da República pediram e a juíza Adriana Alves dos Santos Cruz, da 5ª Vara Federal Criminal, aceitou o bloqueio de bens e investimentos financeiros de R$ 1,35 bilhão no Brasil e no exterior.
"O dinheiro foi pulverizado para muitos beneficiários: pessoas físicas e jurídicas. Estamos atrás desses valores para ressarcir os fundos", diz o procurador Marcio Barra Lima, que com o procurador Paulo Gomes Filho, coordenam o grupo que investiga no MPF irregularidades em fundos de pensão. As investigações apuram a compra de R$ 100 milhões em debêntures (títulos mobiliários) do Grupo Galileo com recursos dos fundos de pensão em 2010.
Na ocasião, o Grupo Galileo emitiu debêntures no valor de R$ 100 milhões para captar recursos a fim de recuperar a recém-adquirida Universidade Gama Filho, no Rio. As investigações encontraram indícios de que o dinheiro captado foi desviado para outros fins, em especial para contas bancárias dos investigados, de terceiros e de pessoas jurídicas relacionadas aos investigados, levando a falência da Gama Filho e da UniverCidade, também mantida pelo Grupo.
Em 2014, o Ministério da Educação descredenciou a universidade interrompendo cursos tradicionais como medicina. A operação causou perdas aos segurados no valor de R$ 90 milhões. Todos estão sendo levados para a superintendência da PF no Rio. Até o momento, a Folha não obteve contato com os advogados dos presos.

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