sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Jarbas diz que não espera retaliação do MDB nacional: ‘Eu não ficaria calado’

Tony Gel, Raul Henry e Jarbas Vasconcelos (Foto: Renata Monteiro/JC)
Tony Gel, Raul Henry e Jarbas Vasconcelos (Foto: Renata Monteiro/JC)
Por Amanda Miranda 

Pré-candidato ao Senado na chapa do governador Paulo Câmara (PSB) na convenção estadual do MDB, no Recife, nesta sexta-feira (3), o deputado federal Jarbas Vasconcelos negou que espere uma retaliação do MDB nacional, comandado pelo senador Romero Jucá (RR), por causa da briga envolvendo a presidência do partido em Pernambuco. “Não acredito porque a executiva me conhece sabe que, tomando uma iniciativa como essa, estapafúrdia, eu não ficaria calado. Não passa pela minha cabeça que a executiva faça isso”, afirmou.
Cabe à executiva nacional dividir os recursos dos fundos partidário e eleitoral entre as campanhas do partido no País.
No dia da convenção que oficializou Jarbas Vasconcelos, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski negou o pedido de urgência feito pelo MDB Nacional para a análise do conflito envolvendo o diretório de Pernambuco.

Jucá tenta entregar o comado no Estado ao também senador Fernando Bezerra Coelho, ligado a Armando Monteiro Neto (PTB), adversário do socialista nestas eleições. Na convenção, um membro do partido, ligado a FBC, pediu que a decisão do MDB local seja alinhada com a nacional, não coligando com Paulo Câmara, como querem Jarbas e Raul Henry. Além disso, solicitou oficialmente o apoio ao candidato do MDB à presidência, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Jarbas já declarou apoio ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB.
Agora, comenta-se nos bastidores que Jucá deve contestar o resultado do evento em Pernambuco – que deve ser a oficialização do nome de Jarbas esta tarde – na Justiça.

Entenda o caso

Opositor de Paulo Câmara, FBC se filiou ao partido em setembro do ano passado, com a promessa de Jucá de assumir a presidência no Estado. Para isso, seria feita uma intervenção, dissolvendo o diretório local. Depois da chegada de FBC, o atual presidente do partido, o vice-governador Raul Henry, levou a briga à Justiça e em outubro conseguiu a primeira liminar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), impedindo os dois processos de dissolução instaurados. Após um imbróglio ainda no Estado, o MDB nacional levou a questão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que concedeu decisão favorável a Jucá.

Com isso, o partido conseguiu intervir em Pernambuco, dissolvendo o diretório estadual e instalando uma comissão provisória que tinha Fernando Bezerra Coelho como presidente. O cenário ficou assim por três dias. Lewandowski, porém, acatou o argumento de Raul Henry de que há conflito de competência e que caberia ao TJPE decidir sobre a questão, não ao TSE. Jucá recorreu ao próprio ministro.
Esse mês, com a proximidade da convenção, o MDB nacional pediu urgência na análise do caso. Com o STF em regime de plantão, no entanto, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, decidiu deixar o caso para ser analisado por Lewandowski, quando retornasse aos trabalhos.

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