quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Tropeço na tela global

Magno Martins
 A presidente Dilma Rousseff se saiu muito mal na entrevista ao Jornal Nacional, mesmo falando em sua casa, no Palácio da Alvorada, o que, naturalmente, mexe com o psicológico, diferente de Aécio e Eduardo, obrigados a irem sentar na bancada do JN, no Rio, frente a frente com William Bonner e Patrícia Poeta.
Dilma usou a estratégia de fugir de todas as perguntas centradas no campo da corrupção, principalmente. Indagada sobre sucessivos escândalos na administração federal e sobre a posição do PT na defesa dos condenados no mensalão, Dilma recorreu à ironia: “Nos dois governos do PT, nenhum procurador-geral da República foi chamado de 'engavetador-geral da República”, disse, numa indireta ao governo neoliberal de FHC.
Bonner perguntou se ela não foi 'condescendente' com a corrupção já que o PT é um partido com 'um grupo de pessoas comprovadamente corruptas, mas que são tratados como guerreiros, como vítimas'. Ele se referia ao julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, que condenou e levou à prisão dirigentes do partido.
'Eu sou presidente. Eu não faço nenhuma observação sobre julgamentos realizados pelo Supremo Tribunal. A Constituição exige do presidente da República que nós respeitemos e consideremos a autonomia dos outros órgãos. Eu não julgo as ações do Supremo. Eu tenho opiniões pessoais. Durante o processo inteiro não manifestei nenhuma opinião. Não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto, em conflito, aceitando ou não. Eu respeito as decisões da Suprema Corte brasileira', declarou.
Segundo a presidente, nem todas as pessoas denunciadas nos escândalos foram punidas pelo Judiciário, porque nem todas as denúncias apresentadas na mídia foram comprovadas. Questionada sobre a substituição de denunciados por pessoas dos mesmos partidos envolvidos nos escândalos, afirmou que os partidos podem fazer exigências, 'mas eu só aceito quando são pessoas íntegras e competentes na área'.

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