domingo, 15 de novembro de 2009

Rivalidade no passado. Aliança no presente

Há 20 anos, as rivalidades na política seguiam uma lógica bem contrária à de hoje. Gente que não se “bicava” naquela época, atualmente troca tapinhas nas costas. Na descrição do deputado federal Fernando Gabeira (PV), então candidato à Presidência em 1989, vivia-se, naquela época, a infância do processo democrático brasileiro. Talvez, isso explique porque, naquele final da década, Fernando Collor, hoje senador pelo PTB e aliado do presidente Lula (PT), chegou na corrida presidencial a entrar na seara pessoal dos ataques contra o petista, seu maior adversário de então.

O ex-governador alagoano levou ao programa eleitoral um vídeo em que uma ex-namorada do líder metalúrgico acusava-o de tê-la orientado a fazer um aborto. Às vésperas dos 20 anos do pleito de 1989, Collor concedeu entrevista ao Uol e chegou a cantar o refrão do jingle “Lula lá...”.
Em abril de 2005, Lula já presidente da República, eleito em 2002, convidou seus antecessores para o acompanharem no avião presidencial ao funeral do papa João Paulo II, em Roma. Collor foi o único ex-presidente excluído da agenda. Em entrevista a Geneton Moraes, no livro “Os segredos dos presidentes”, editado em 2005, ele caracterizou o gesto do petista como “equívoco”. “Mas dentre tantos equívocos que Lula vem cometendo esse é o menor”, ponderou Collor.
Em 1992, em entrevista ao apresentador Milton Neves, Lula foi irônico em relação ao então opositor deposto da Presidência: “Não é que tenho pena. Como ser humano, uma pessoa que teve a oportunidade que o cidadão teve de fazer algo de bem para o Brasil e, ao invés de construir um governo, construiu uma quadrilha. Dá pena porque deve haver sintoma de debilidade no funcionamento do cérebro do Collor”. FP,15/11/09.

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