O primeiro jantar dos senadores peemedebistas insatisfeitos reuniu apenas cinco dos 19 que compõem a bancada, mas o número aumentou e um novo encontro noturno foi marcado para ontem, no apartamento de Jarbas Vasconcelos. Atualmente o grupo soma 11 parlamentares que não estão mais dispostos a seguir cegamente as ordens do presidente do Congresso Nacional, José Sarney; do líder do Governo, Romero Jucá; e de Renan Calheiros. A mudança de postura se dá porque, nas eleições do ano passado, foram eleitos ex-governadores, ou seja, raposas felpudas que têm peso no cenário político e não costumam se curvar facilmente. Neste quadro, Jarbas e Pedro Simon, por exemplo, que estavam isolados, ganham fôlego para marcar posição. Porém, o fato de o grupo ser maioria na bancada não quer dizer que há risco de afastamento da base do Governo Dilma. O apoio ao Planalto é mantido pela maioria dos “rebeldes”, porém como a presidente não tem a mesma liderança que o antecessor Lula, fica mais fácil dizer e a fazer o que pensam. Em jogo também está o comando do Senado. Apesar de Sarney ter quase um ano e oito meses pela frente no cargo, o G11 quer dificultar desde já as articulações de Renan Calheiros para sucedê-lo.
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