terça-feira, 24 de maio de 2011

WALFREDO SIQUEIRA: O VICE-REI DO SERTÃO

Lançamento do livro:
Zita Siqueira (filha de seu Walfredo),
ladeada por Lila e Lusa, filhas de Toinho Piancó




UM GRANDE SERTANEJO

"Walfredo Paulino de Siqueira nasceu no dia 23 de maio de 1911, em São José do Egito, ribeira do Rio Pajeú, no sertão do estado.

Ele era filho de José Paulino de Siqueira (outrora Tabelião e figura popularíssima, querida por todos em São José do Egito), e de Dona Maria Rafael de Siqueira.
Seu pai, descencendente do velho Mestre de Campos da Ribeira do Moxotó - Pantaleão de Siqueira Barbosa. Sua mãe. descendente de Luís Teixeira de Deus Vasconcelos, do Rio Grande do Norte que para aqui veio em meados do século XVIII.

Foi casado com Dona Maria do Carmo Cavalcanti de Siqueira, nascida em Umburanas, hoje Itapetim, lugar cuja emancipação política foi conseguida por ele, no ano de 1953.

Terra de Padre João Leite, Simão Leite e de Antônio Piancó, este último além de amigo, foi um de seus braços fortes no desenvolvimento e no sucesso da Empresa do Algodão. Conhecia todos os itapetinenses, afinal enquanto político, Itapetim foi o seu reduto eleitoral mais forte.

Foram pais de quatorze (14)  filhos, criaram onze (11) , e foram avós de (38) trinta e oito netos.
Por ter perdido sua mãe aos sete (7) anos de idade, amadureceu muito cedo - dividia responsabilidades caseiras e ajudava sua mãe Preta a cuidar dos irmãos, pois os dois mais velhos eram mulheres: Adalgisa de Siqueira Aragão e Júlia de Siqueira Leite. Ele, como bem disse Ivanildo Sampaio, "Era a luz e o porto da família, dedicou-se muito a essas duas irmãs. A primeira, foi casada co Abraão Correia de Aragão, que muitos anos foi Tabelião nesta cidade.

Lembro-me de que quando ela faleceu meu pai chorava copiosamente. Além de irmã era muito sua amiga. A segunda, casada com o Sr. Paulino Leite que era comerciante.
Por ser muito devota e uma das zeladoras de nossa matriz,  sempre estava com um terço em suas mãos, rezando por todos os familiares, especialmente por meu pai. Dizia que era um irmão que qualquer irmã desejaria ter.

A infância e a adolescência de Walfredo foram recheadas de carências. Seu pai rapidamente contraiu novas núpcias e teve mais  três (3) filhos: Telêmaco, Orlando e Célia, esta destacou-se como professora, poetisa e pintora.

Assim sendo, ele, como homem mais velho da segunda família assumiu o leme da casa.
Muito cedo saiu do seu lar e foi para a Cidade de Fortaleza, em busca da ajuda de um tio, chamado Paulino de Siqueira Campos, irmão do seu pai. Era dono de vários estabelecimentos comerciais na Praça do Ferreira. Mas, para sua surpresa o que buscava não encontrou. "Sem lenço e sem documento", dormiu em bancos de praça até encontrar um meio de frazer o caminho de volta.

Em aqui chegando foi trabalhar no que lhe aparecia. Trabalhou na Usina de seu Inácio Valadares e acredito que por terem percebido sua inteligência, com 17 anos foi ser Secretário da Prefeitura, no Governo do Sr. João Valadares.

O nome Paulino em nossa família é muito forte. Tivemos também um tio chamado Paulino Rafael, irmão de sua mãe. Esse muito cedo foi embora para a Cidade de Bauru, uma cidade no estado de São Paulo, e por ser ligado à cultura, era dono de um dos maiores jornais daquela cidade.

Walfredo Siqueira, por ter tendência comerciais abriu um alambique no quintal de sua residência, gerenciado por Sata Menezes, irmão do seresteiro João Pequeno, e já se achando estruturado resolveu casar aos vinte e dois (22) anos e, ela aos dezenove (19) anos. E aí vamos labutar para que pudesse dar condições dignas à sua família. E assim o fez, só parando quando a morte o arrebatou.

Cidadão de grandes virtudes foi bom filho, irmão, esposo, sogro, excelente pai e avô, amigo dos amigos. Sentia prazer em ajudar a sua gente, independente da política, não se negava quando procurado.
Sua vida pública, não foi em vão. Cumpriu sua missão aqui na terra, muito bem cumprida, não só na qualidade de cidadão, mas de Prefeito, Deputado Estadual (quatro legislaturas), Presidente da Assembléia (por duas vezes) e assumiu o Cargo de Governador (por 18 vezes), ou como dizem alguns 22 vezes.

Pensava muito em educação. Ajudou muitos dos seus conterrâneos a se formarem. Dizia que não tinha tido o privilégio de colocar um anel no dedo, mas que ia chegar o dia em que o Governo abriria as torneiras para que houvesse educação para todos independente de raça, cor e religião.

Lutou pelo direito de que todos os jovens fossem portadores do Diploma de um Curso Superior. E esse dia chegou. Gostava também de dizer que muito aprendera com a Bíblia, obra que considerava como a mais importante criação literária, filosófica e cultural da História da humanidade.
Homem de costumes simples, não escondia o fato de não ser portador de Curso Superior e dizia com certo orgulho que todo seu conhecimento foi adquirido por ele próprio, através dos livros.

Sem dúvida foi um privilegiado e até mesmo um iluminado. Por muito tempo foi destaque da família Siqueira e continua. Parece até que estava escrito nas estreloas que por aqui sua passagem seria rápida, mas as páginas do livro de sua história seriam todas escritas, não só pelos grandes feitos, mas sobretudo pela trajetória da sua vida.

Dr. Luis Wilson, em seu livri intitulado " Velhos e Grandes Sertanejos", diz: " homem inteligente, simpático e atencioso com todo mundo". Acredito que por ter essses e outros predicados, chegou, ao ápice em todos os setores onde atuou. Por ter exercido várias atividades pode ajudar quase todos da família: irmão, sobrinhos, primos, entre outros.

Foi comerciante, industrial, agropecuarista e político, tendo iniciado sua carreira pública no ano de 1937, quando implantado o esatado Novo, como interventor, a pedido de um grande amigo, o Sr. José Borja. Enquanto político, nunca abandonou sua terra, tanto é que o nosso sertanejo pensava que ele era o proprietário ou sócio do Banco do Brasil, por vê-lo sempre ali sentado a conversar com o gerente e a conseguir dinhei9ro para seus eleitores e amigos. Uma de suas maiores qualidades: A humildade. Parece até que se sentia melhor em uma cabana do que num Palácio.
Questão de raízes. Tratava o pobre e o rico com a mesma simpatia que lhe era peculiar. Diz um velho provérbio que quem quiser ser bom, morra; no entanto, não era só eu como filha que assim o via.

Obviamente, tinha seus defeitos, mas seu carisma era muito mais forte: Crianças, jovens e velhos o admiravam, acredito que por não ter arestas políticas com ninguém - correligionários e adversários eram tratados por igual."

Pinçado do livro " O Vice-Rei do Sertão - Traços Biográficos de Zita Siquiera (Filha de Walfredo Paulino de Siqueira) Marcando presença:

LANÇAMENTO DO LIVRO E ENTREGA DAS COMENDAS

Lusa Piancó Vilar e Carlos do Rêgo Vilar (seu esposo)


Leta Piancó e Professor Heráclio Felipe Barbosa (seu esposo)

Hélder Felipe Piancó (filho deLeta e Heráclio) e Valdira (esposa)
João Antônio (filho do casal e bisneto de Antônio Piancó)

Elizabeth Piancó e Maria Rita (sua Filha)
André Felipe e sua mãe Valdíra (bisneto de Antônio Piancó)

NO FELIZ REENCONTRO:
NOSSOS AGRADECIMENTOS



Lusa Piancó Vilar com  Walfredinho (filho de seu Walfredo) e esposa

Lusa, Lila e Maria Rita (filha de Lila),
 com Carlos Siqueira (filho de seu Walfredo)

Com Zuleide Siqueira (filha de seu Walfredo) e seu esposo

Com os filhos de seu Walfredo:Maria das Graças, (e seus filhos),
Marcos Siqueira e esposa


Com Ivone de Siqueira Perazzo
 (viúva do saudoso Francisquinho Perazzo e filha de seu Walfredo)

Socorro e Carlos Siqueira (filhos de seu Walfredo)

 

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