quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Delcídio: veja o que disseram autoridades sobre a prisão


 Após a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, na manhã desta quarta-feira (25), políticos e juristas se manifestaram sobre o caso. Segundo investigadores, o senador foi preso por estar atrapalhando apurações da Operação Lava Jato. Também foram presos pela PF nesta manhã o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual e o chefe de gabiente de Delcídio, Diogo Ferreira.
Veja abaixo a repercussão:
Senadores:
Humberto Costa (PT-PE):
"É importante registrar também que não há, em nada que foi dito até agora, qualquer tipo de envolvimento ou participação do governo. Isso é importante dizer. "

José Agripino Maia (DEM-RN):
"As razões da prisão não chegaram ao Senado ainda. Só depois de conhecer as razões poderemos nos manifestar. [...] Conhecendo as razões, o Senado vai deliberar. O Senado vai agir com racionalidade, mas também com autonomia"
Lídice da Mata (PSB-BA):
"Ainda a estamos perplexos. Vamos esperar receber mais informações. [...] Neste momento, o Senado é que está no meio de uma crise. O Senado vai ter que refletir e deliberar."
Paulo Baer (PSDB-SC):
"Só me lembro de um fato. Quando houve o episódio da cassação do senador Demóstenes, o que se ouvia falar, e essa não é uma posição minha, mas uma posição da maioria dos senadores, era que se votava naquele momento para preservar a instituição. E eu não tenho dúvidas que a maioria dos senadores pensa neste momento na instituição. Agora se isso significa votar a favor ou contra [a manutenção da prisão], é uma questão que eu ainda não tenho como responder."
Paulo Paim (PT-RS):
"Todo mundo ficou surpreendido. Todo mundo ficou perplexo e não imaginava que isso ia acontecer. E, claro, constrangimento generalizado aqui na Casa."
Randolfe Rodrigues (Rede-AP):
"Eu defendo, de acordo com as informações que vão chegar aqui em relação aos autos, que nenhuma atitude do Senado seja para obstruir o trabalho da Justiça. Se o trabalho da Justiça for a manutenção da prisão, temos que respeitar a PGR e o STF."

Renan Calheiros, presidente do Senado (PMDB-AL):
Em nota, o senador disse que: "O Senado Federal aguarda a remessa das informações pelo STF, segundo o que estabelece a Constituição Federal em seu artigo 53. Posteriormente, o Senado Federal adotará as medidas que entender necessárias.O presidente do Senado vai reunir os líderes partidários e a Mesa Diretora."

Ronaldo Caiado (DEM-GO):
"Deprimente a informação de que ele estaria atrapalhando as investigações. Pelo menos as instituições aqui não se transformaram em instituições bolivarianas. Ou seja, todas as denuncias estão sendo investigadas."

Ministros do STF:
Marco Aurélio Mello:
"Agora, o detentor do cargo público terá de ter freios inibitórios mais intensos e não cometer ilegalidades porque as instituições estão funcionando. Isso nos dá esperança para gerações futuras, não para a nossa. Mas estamos no caminho da correção de rumos. A população precisa de um alento e este alento está no funcionamento das instituições."
Cármen Lúcia:
“Na história recente da nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou num mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a ação penal 470 e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece-se constatar que o escárnio venceu o cinismo"
Celso de Mello
“Quem transgride tais mandamentos [da democracia] não importando posição, não importando se patrícios ou plebeus, se expõem as leis penais e por tais atos devem ser punidos nos termos da lei. (...) Nem cinismo, nem oportunismo, nem desejo de preservar vantagem de caráter pessoal podem justificar práticas alegadamente criminosas (...) Ninguém, nem mesmo o líder do governo do Senado da República, está acima das leis que regem este país. Imunidade parlamentar não é manto para proteger senadores da pratica de crime."
Outros políticos:
José Guimarães (PT-CE), deputado líder do governo na Câmara:
"O governo não pode, em função desse episódio, paralisar o país. Há uma questão inusitada. Há um ineditismo. Mas as coisas tem que caminhar em seus leitos normais. Houve uma decisão do Supremo. Uma decisão inusitada. E cabe ao Senado dar uma solução para o problema”, disse Guimarães.
Rui Falcão, presidente nacional do PT:
"Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado. Por isso mesmo, o PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade", afirmou o petista, em nota.
Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul:
"Trata-se de garantia do andamento de inquérito, livre de interferências que poderiam obstar a busca da verdade", publicou o petista na sua conta pessoal no microblog Twitter.

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