quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Senado confirma STF e decide manter Delcídio preso



Em votação aberta, os senadores decidiram que Delcídio Amaral (PT) deverá ser mantido preso, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal. Foram 59 votos para que o parlamentar continue preso e 13 para que ele fosse solto.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) apresentou a votação não como sendo sobre Delcídio, mas sobre o poder do STF de prender senadores por flagrante em crime inafiançável.
O PSB, DEM, PSDB, PSD se colocaram a favor da prisão. "Incorreríamos em péssimo exemplo para o país se decretássemos relaxamento dessa prisão", disse o senador Aloysio Nunes, líder tucano no Senado.
O senador José Agripino (DEM) disse que estavam todos "vivendo a sessão constrangimento". "Todos votando contra o coração, mas a favor da razão", frisou.
O PMDB e o PDT liberaram as bancadas.
O PT votou contra a prisão de Delcídio. "Tudo que veio a publico hoje é de extrema gravidade. Mas imagine se Tribunais de Justiça decidam prender deputados estaduais sem crime em flagrante?", disse o líder da bancada, Humberto Costa.
Durante a sessão, Renan Calheiros voltou a criticar a ação do STF. "Equilíbrio dos poderes não permite invasão permanente de um poder no outro", disse.
O senador Roberto Rocha (PSB-MA) propôs uma palavra de reflexão: "A Constituição não estabelece como crime inafiançável organização criminosa". Ele votou pelo relaxamento da prisão.
Donizeti Nogueira (PT-TO) atacou o STF, que, segundo ele, "decidiu com o fígado". Ele sugeriu que o Senado deve discutir se ministro do STF não deve ser vitalício e ser eleito. "O STF não é maior do que o Senado", afirmou.
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) ressaltou que "todos temos respeito e apreço" por Delcídio, mas, ponderou, "não podemos admitir que ministros iriam errar numa decisão dessas".
A prisão poderia ser ser revogada se 41 senadores votassem a favor disso.

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