O entrave mais complexo é no Ceará. Com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) de olho na reeleição, a saída será apoiar o governador Cid Gomes (PSB), que praticamente concorrerá sem um opositor à altura tendo em vista que PT e PMDB engrossarão o caldo da aliança. Nesse cenário, o estado que elegeu o primeiro senador comunista (Inácio Arruda, em 2006) estenderia um tapete vermelho à provável candidata petista, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os governadores José Serra (São Paulo) ou Aécio Neves (Minas Gerais), pré-candidatos ao Planalto, ficariam relegados a segundo plano.
Na Paraíba, parte do PSDB flerta com um partido aliado de Lula, mas o cenário é mais favorável. Apesar da briga entre o ex-governador Cássio Cunha Lima e o senador Cícero Lucena, o partido deverá seguir a tendência do DEM, que realizará pré-convenção em João Pessoa para definir se apoiará Lucena ou o prefeito da capital, Ricardo Coutinho (PSB). A intenção dos democratas é fechar com o socialista por considerar que ele tem mais chance de agregar as oposições. Nesse caso, o PT apoiaria a reeleição do atual mandatário, José Maranhão (PMDB), que recebeu o posto depois que Cássio Cunha Lima foi cassado pelo TSE. Como a questão regional é favorável ao tucanato, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), avisou que não vai intermediar a desavença.
O PSDB vive igual paradoxo no Amapá. Lá, há negociação para apoiar a reeleição de Waldez Goes (PDT), apesar de o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) ser aliado da família Sarney. Essa mesma correlação segue no Maranhão. Os tucanos cogitam apoiar Jackson Lago (PDT) contra a governadora Roseana Sarney (PMDB), possivelmente apoiada pelo PT. O PMDB deverá receber suporte em Pernambuco, caso o senador Jarbas Vasconcelos saia candidato, e no Mato Grosso do Sul. A briga entre o governador sul mato-grossense André Pucinelli (PMDB) e o PT pode colocar o peemedebista no colo de Serra ou Aécio. Escrito por Magno Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário