O líder do PSDB no Senado, senador Alvaro Dias (PR), comunicou nesta segunda-feira (17) que o seu partido protocolou representação junto à Procuradoria Geral da República (PGR) para que seja instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) um inquérito destinado a apurar as responsabilidades do ministro do Esporte, Orlando Silva, e do ex-ministro e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, nas denúncias de fraudes em licitações, peculato, formação de quadrilha e corrupção passiva em contratos superfaturados.
Alvaro Dias justificou a adoção da medida diante das "gravíssimas denúncias de corrupção" no Ministério dos Esportes publicadas pela revista Veja, e que, segundo ele, já eram conhecidas há anos. Ele lembrou que, em 2007, o PT e os partidos da base do governo no Congresso Nacional impediram a CPI das ONGs de aprofundar as investigações de desvios milionários em contratos firmados com organizações não governamentais ligadas a integrantes do governo Lula.
O senador recordou que, em 2007, o ministro Orlando Silva, do PCdoB, respondeu a um requerimento de informações do então senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), com os mesmos argumentos que utiliza agora para se defender das denúncias. Alvaro Dias lembrou ainda que, em 2008, outro requerimento de informações foi encaminhado, mas até agora está na Mesa aguardando deliberação.
- Considerava já a falta de controle sobre recursos destinados a ONGs e fazia referência também à ONG - denunciada pelo Fantástico, da TV Globo - no interior de São Paulo, gerenciada por uma vereadora do PCdoB, a ex-atleta Karina - afirmou.
Além disso, há alguns meses, em audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), Alvaro Dias questionou o ministro sobre os desvios. De acordo com o senador, Orlando Silva "habilidosamente tangenciou" e deu as explicações que agora repete. Para o senador, caso as denúncias sejam comprovadas, o país estará diante de uma seleção de crimes que exigirá a responsabilização civil e criminal dos responsáveis para que os cofres públicos sejam ressarcidos.
Agência Senado
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