terça-feira, 24 de junho de 2014

Base quer desqualificar ministro que investiga Pasadena

Cláudio Humberto
 Os senadores da base aliada tentam desqualificar o ministro José Jorge, relator no Tribunal de Contas da União do processo relativo à compra superfaturada da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que, avaliada em US$ 42,7 milhões, foi comprada pelo Brasil por US$ 1,3 bilhão. Numa tentativa de desqualificicar a investigação do TCU, parlamentares governistas questionam a recusa do ministro em dar esclarecimentos pessoalmente à comissão de inquérito.
Sob a alegação de que relata no tribunal processos relacionados à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), José Jorge encaminhou ofício à CPI declarando-se impossibilitado de atender ao convite aprovado pela comissão.
O líder do PT, senador Humberto Costa (PT-PE), chegou a pedir o afastamento do ministro da relatoria do processo e mencionou notícias citando José Jorge como réu numa ação que apura prejuízo sofrido pela estatal brasileira numa operação com a Repsol-YPF. José Jorge foi ministro de Minas e Energia em 2001 e 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso, e integrante do Conselho de Administração da Petrobras.
– Ele deveria ter sido declarado suspeito para ser o relator de quaisquer processos relativos à Petrobras, exatamente pelo fato de haver sido ministro e presidente do Conselho da Petrobras e de estar arrolado em um processo, segundo dizem os jornais hoje, de venda de ativos da Petrobras à Repsol, que teria levado a um prejuízo de R$2,5 bilhões – afirmou Humberto.
O relator da CPI José Pimentel (PT-CE) disse não entender o motivo da recusa do ministro:
- Entendo que todo aquele que tem informações sobre nossa investigação e pode colaborar deve comparecer. Não entendo por que um ministro que assessora o Congresso se nega a vir prestar esclarecimentos, o que traria muitos subsídios para essa CPI – afirmou.

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