quarta-feira, 4 de junho de 2014

Mais dois cubanos deixam o programa Mais Médicos

Médicos alegam que ainda não receberam salário de março (Foto: Nilton Fukuda)

Médicos alegam que ainda não receberam salário de março 

Mais dois médicos cubanos procuraram a Associação Médica Brasileira (AMB) para denunciar as péssimas condições de trabalho que foram submetidos ao chegarem no Brasil para atuarem no Programa Mais Médicos. Os profissionais Raul Vargas, de 51 anos, e Okanis Borrego, de 29, afirmam que não receberam o salário de março e se queixam que o pagamento feito aos cubanos é mais baixo do que o dos outros profissionais. Eles ainda denunciam que o contrato assinado com o governo Castro impõe restrições à sua liberdade, ambos abandonaram o programa do governo federal.
Vargas contou que a médica Ramona, primeira desertora do programa, foi quem “abriu os olhos” dos cubanos para o tratamento diferenciado em relação a outras nacionalidades. “Ninguém foi obrigado a vir ao Brasil. Mas muitos médicos cubanos queriam vir pra cá. Na minha opinião é o país mais desenvolvido da América Latina – disse Vargas. “Mas quando chegamos, ninguém sabia que ganharíamos menos que os outros médicos do programa”.
O presidente da AMB, Florentino Cardoso, defendeu os profissionais cubanos. “A AMB nunca disse que não quer médicos estrangeiros. Defendemos que qualquer médico pode trabalhar no Brasil desde que faça a revalidação do diploma”, afirmou. Cardoso ainda sugeriu que os profissionais foram mantidos em regime de escravidão. “Do jeito que está, eles se sentem em um regime análogo à escravidão, sem direito de ir e vir e falar o que pensa como nós brasileiros.
Os médicos estavam lotados em Senador José Porfirio, interior do Pará, e já deram entrada no pedido de refúgio na Polícia Federal e no Conselho Nacional de Refugiados, o que garante que eles não sejam deportados ao longo de um ano.

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