
Todos assistimos à campanha eleitoral, todos assistimos hoje à desconstrução, pela presidente Dilma, daquilo que a candidata Dilma afirmava. Não tem grande importância: o importante é que a presidente tenha reconhecido, ao escolher sua equipe econômica, a necessidade de gastar menos do que o Governo arrecada, de evitar manobras criativas com a aritmética, de fingir que a inflação e as contas externas estão sob controle, que tudo vai bem e no melhor dos mundos.
Independentemente das promessas de campanha, Joaquim Levy é um bom nome para a Fazenda? Este colunista não tem a menor ideia: sabe que fez uma carreira sólida, que ocupa alto cargo num grande banco, mas se é capaz de formular uma política econômica é algo a ser visto no futuro. É coisa nova para ele.
Há quem ache que o ministro da Fazenda, de fato, será a presidente Dilma. Aí não vai dar certo: da mesma forma que nenhum presidente terá uma boa política econômica com ministros compreensivos como Guido Mantega, nenhum bom ministro aguentará ficar levando pitos, ouvindo gritos e cumprindo ordens.
Dizer uma coisa na propaganda e fazer outra, OK - desde que se faça o que é preciso. O que não pode ocorrer a um governo é acreditar na própria propaganda.
Levy não é o que Dilma prometeu. E alguém tinha acreditado na promessa?
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