O líder no PDT no Senado, Osmar Dias (PR), comunicou ao Plenário que sua bancada aprovou, por unanimidade, uma proposta recomendando ao presidente da Casa, José Sarney, que se licencie do cargo enquanto estiver em andamento o processo de apuração das irregularidades recentemente colocadas a público. Segundo disse, seu partido considera que, ao licenciar-se da Presidência, Sarney permite que a investigação se dê de forma isenta, sem nenhuma influência que possa colocar em dúvida seu resultado.- Entendemos que não estamos aqui promovendo um prejulgamento, ao pedirmos que o senador José Sarney se licencie da Presidência da Casa - explicou Osmar Dias. - Nós estamos pedindo a licença do presidente, e não a renuncia, até que todos os fatos sejam esclarecidos.
Osmar Dias afirmou que concordava com a senadora Ideli Salvatti (SC), que havia dito anteriormente na sessão que não se podia personalizar a crise. O senador disse que, no entanto, é preciso que essa crise seja combatida com a investigação. Segundo ele, é preciso que se esclareçamas irregularidades, chegando-se aos que possam ter cometido irregularidades e adotando-se as providências jurídicas cabíveis contra essas pessoas.
- Nós não podemos colocar a culpa em quem assumiu a direção da Mesa há quatro ou cinco meses - argumentou Osmar Dias. - Porém, é claro que temos que cobrar dessa administração todas as providências para corrigir aquilo que, ao longo do tempo, foi praticado aqui de ilícito, de imoral ou desonesto. Enfim, corrigir tudo aquilo que foge da ética, da Constituição, do regimento e da Lei.
Além do senador Osmar Dias, compõem a bancada do PDT os senadores Cristovam Buarque (DF); Jefferson Praia (AM); João Durval Carneiro (BA); e a senadora Patrícia Saboya (CE).
Da Redação / Agência Senado










Durante conversa com amigos em Gravatá, na última quarta-feira, o deputado Raul Henry (PMDB) externou sua preocupação com a possibilidade de o senador Jarbas Vasconcelos não disputar o governo estadual no próximo ano, o que deixaria “órfãos” os partidos de oposição que necessitam de uma chapa majoritária forte para garantir pelo menos a eleição dos candidatos proporcionais. O peemedebista, que enxerga longe, deve andar meio desconfiado de que se Jarbas não for o candidato a bola vai sobrar pra ele, que não gostaria de disputar porque está com a reeleição praticamente assegurada para a Câmara Federal. Afora isso, há um outro complicador na história: Raul quer ser candidato a prefeito do Recife em 2012 e se estiver montado num mandato de deputado federal disputará o pleito em melhores condições. Não estando, o candidato natural das oposições tenderia a ser Mendonça Filho (DEM), que já ficou em segundo lugar em 2008 (obteve 206 mil votos) e deverá se eleger para a Câmara Federal com uma grande votação. Escrito por Inaldo Sampaio











