segunda-feira, 22 de junho de 2009

Arthur Virgílio acusa Agaciel de chantagear senadores e sustenta que 'atos secretos existiram mesmo'

Em um discurso de que durou mais de duas horas, com dez apartes, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) acusou Agaciel Maia, ex-diretor-geral do Senado, de chantagear senadores com a divulgação de informações que podem comprometê-los. Para ele, Agaciel carregou, ao pedir demissão, arquivos de computadores onde estariam pedidos feitos por senadores ao longo dos últimos anos, os quais agora são passados à imprensa para intimidar os parlamentares.
Arthur Virgílio acusou Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi (ex-diretor de Recursos Humanos) de "ladrões" e prometeu lutar para que eles sejam demitidos e presos, e não "apenas aposentados". Para ele, se houver "senadores faltosos por trás deles" eles devem ser denunciados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, para um possível processo de punição. "Agaciel não faria essas coisas sozinho", opinou.
Os chamados "atos secretos" que vêm sendo denunciados pela imprensa, de acordo com Arthur Virgílio, "existiram mesmo" e eles poderão ser conhecidos nas próximas horas, com o fim do levantamento que vem sendo feito por uma comissão de servidores. O senador disse temer que o ex-diretor Agaciel Maia tenha incluído nos atos secretos "alguma decisão que envolva algum senador, mesmo que o senador não saiba de nada". Seriam atos para "futura chantagem", pois "Agaciel tem mestrado como chantagista", tudo "para aumentar o seu poder".
O senador conclamou o presidente do Senado, José Sarney, "a romper quaisquer laços com esta camarilha" e a "tomar atitudes que levem a Casa ao respeito da opinião pública outra vez". Caso Sarney não dê mostras de que tomará tais medidas, Arthur Virgílio entende que ele "perderá as condições de governar a Casa".
Arthur Virgílio informou ter recebido telefonemas de jornalistas que perguntaram sobre a veracidade de informações que mencionavam gastos do Senado com sua mãe doente, sobre gastos com uma viagem a Paris, com a família, ou sobre um assessor contratado para trabalhar em Manaus. Disse ter percebido que se tratava de informações deturpadas ou falsas passadas por pessoas ligadas ao ex-diretor Agaciel Maia, na tentativa de intimidá-lo.
- Essa camarilha está desesperada. Eles estão perdendo muito - não apenas o salário ou a aposentadoria: estão perdendo os contratos superfaturados, as licitações fraudulentas; estão perdendo e vão perder a capacidade de enriquecer ilicitamente, como enriqueceram ilicitamente às custas do Senado - sustentou Arthur Virgílio.
Da Redação / Agência Senado

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