A Executiva Nacional do PMDB decidiu intervir no diretório estadual do partido em Santa Catarina para tentar impedir a aliança local com o DEM. No estado, o partido decidiu, em convenção, retirar a candidatura ao governo de Eduardo Pinho Moreira, presidente da legenda, e apoiar Raimundo Colombo, do Democratas. A questão é mais do que local. O PMDB nacional está agindo sob pressão do PT, preocupado com o palanque de Dilma Rousseff no Estado.
Huuummm… Dizer o quê? Peemedebistas covardes intervêm no PMDB de Santa Catarina. Houvesse os corajosos, tentariam intervir no de São Paulo, comandado por Orestes Quércia, que repudia a candidata do PT. Mas Michel Temer não tem bala na agulha para isso.
Ao Radar, de Lauro Jardim, Rodrigo Maia, presidente do DEM, evidencia seu desagrado. Lê-se lá:
“Há um mês o Michel (Temer) tinha feito um acordo comigo em cima de uma chantagem. Ele ameaçou dizendo que se eu interviesse no Maranhão para retirar o apoio à Roseana, ele iria intervir em Santa Catarina. estou muito surpreso, porque ele e seu grupo não cumpriram a palavra dada.”
Não sei se entendi direito o que Rodrigo Maia quis dizer. Desconheço acordo decente que nasça de “chantagem”. De todo modo, se aconteceu, Rodrigo aprende uma daquelas lições que o antigo mestre de David Carradine dava ao jovem “Gafanhoto” no seriado Kung Fu: “Não se fie no acordo feito por um chantagista, Gafanhoto!”
O PMDB está naquela fase de demonstrar lealdade e dedicação absolutas. Até porque Temer já disse que, desta vez, caso Dilma ganhe, eles querem é governar para valer.
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Reinaldo Azevedo
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