A transposição parou, literalmente. Pelo menos em Cabrobó, no Lote Um, onde estava sendo feito um canal de aproximação pelo Exército, e 40% das obras do Lote Dois. O assunto, finalmente, ganhou a mídia nacional. Da noite para o dia, feito um vendaval, mais de dois mil trabalhadores perderam seus empregos. A obra, segundo o prefeito de Cabrobó, Eudes Caldas (PTB), já chegou a gerar mais de três mil postos de trabalho e hoje resistem por lá apenas pouco mais de 100 operários.A suspensão das obras teria sido consequência de um calote de R$ 62 milhões dado pela União ao consórcio responsável pelo projeto. Não causa surpresa alguma o descaso do Governo com a transposição. Aliás, as obras federais em Pernambuco de grande impacto quando não andam em ritmo de tartaruga, como a ferrovia Transnordestina, esbarram na burocracia, caso da sede da Hemobras, em Goiania. Mas para fazer uso eleitoral em obras inacabadas, Lula é rápido no gatilho. Quem não se lembra, por exemplo, da sua viagem espalhafatosa, levando a tiracolo sua candidata e mais três governadores do Nordeste ao canteiro da transposição, o mesmo que jogou agora uma legião de trabalhadores na rua da amargura? Ali, o “semideus” fez tanta propaganda descarada e antecipada para “bombar” a sua queridinha “Dilminha” que acabou multado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Folha Política
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