domingo, 14 de dezembro de 2014

Acusadora foi a principal assessora do delator Costa

 A geóloga Venina Velosa da Fonseca foi, durante muitos anos, considerada braço direito do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Na condição de gerente executiva da diretoria dele, ela era, na prática, a pessoa mais importante depois de Costa. Podia até substituir interinamente o chefe, e participava de praticamente todas as reuniões com fornecedores. Tinha, portanto, um ponto de vista privilegiado do que se passava na Diretoria de Abastecimento.
Venina foi gerente executiva da área corporativa do Abastecimento entre 2005 e 2009, período em que foram superfaturados parte dos contratos com empreiteiras investigados na Operação Lava-Jato para a construção de projetos como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Entre março de 2008 e julho de 2009, ela também foi integrante do conselho de administração da refinaria, que era presidido por Costa.
— Só ocupa esse cargo quem tem a confiança do diretor e um bom pistolão político — diz um executivo da Petrobras que pede para não se identificar.
Geóloga formada pela Universidade Federal de Ouro Preto, Venina é mais conhecida como ocupante de cargos executivos do que técnicos na Petrobras. Concursada, ela ingressou na estatal em 1990 como geóloga no Distrito de Exploração e Produção da Amazônia. Logo assumiu cargos de gerência na área de meio ambiente e segurança. Em 1999, no governo Fernando Henrique, ela passou a atuar na área de gestão da Diretoria de Gás e Energia, onde começou a trabalhar com Paulo Roberto Costa, na época gerente geral de Logística. Com a posse de Lula, Costa virou diretor de Abastecimento e, em 2005, levou Venina para ser sua principal auxiliar.
Executivos da Petrobras que trabalharam com Venina se surpreenderam ontem com as denúncias dela. Como assinava tudo junto com Costa, ela era vista como alguém alinhada ao grupo dele.

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