quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Cassação de Vargas inaugura fila da Lava Jato

Josias de Souza
 A 12 dias do término do ano parlamentar, a Câmara praticou o primeiro ato da próxima legislatura, a ser inaugurada em fevereiro de 2015. Os deputados passaram na lâmina o mandato do deputado paranaense André Vargas, o ex-petista que manteve uma amizade monetária com o doleiro Alberto Youssef. Com isso, os parlamentares inauguraram a fila da Operação Lava Jato, que levará ao cadafalso dezenas de deputados e senadores no ano que vem.

Dos 513 deputados, estavam presentes no prédio da Câmara 418. No plenário, o painel eletrônico registrou 359 votos a favor da cassação, um contra e seis abstenções. Quer dizer: nada menos que 147 deputados não se dignaram a dar as caras. Desse total, 52 estavam na Casa. Mas preferiram o refúgio do gabinete à vitrine do plenário.
A despeito das omissões, a cassação foi aprovada com folga. Bastariam 257 votos para que André Vargas fosse enquadrado na Lei da Ficha Limpa, ficando inelegível por oito anos. Obtiveram-se 102 votos além do necessário. Deve-se o fenômeno à transparência. Nos processos de cassação, o voto era secreto. Tornou-se aberto no final do ano passado, nas pegadas do ronco das praças de junho. Sob a luz do Sol, a solidariedade com a transgressão passou a ter um custo.
Supremo constrangimento: até a liderança do PT, partido que manobrou no subsolo para retardar o julgamento de André Vargas por oito meses, recomendou à sua bancada, no microfone, o voto “sim” à cassação do companheiro.

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