Por: Aline Moura - Diario de Pernambuco
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| Humberto foi um dos articuladores para a entrada de Marília no PT. Ricardo Stuckert/Instituto Lula |
Aline Moura
aline.moura1@diariodepernambuco.com.br
O senador Humberto Costa e a vereadora Marília Arraes estão em lados opostos no PT pernambucano – o parlamentar articula uma aliança estadual com o PSB e Marília defende a própria candidatura ao governo do estado -, mas eles têm algo em comum que vão compartilhar hoje. Ambos estarão em Belo Horizonte (MG), no mesmo palanque, para participar do pré-lançamento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. A decisão petista até soa ao campo de esquerda como uma intransigência, mas o PT nacional acredita que abrir mão do projeto Lula na eleição de 2018 é o mesmo que abandonar a história do seu principal líder político. Lula está preso em Curitiba (PR) desde o último dia 7 de abril.
Humberto e Marília Arraes não têm conversado em Pernambuco, mesmo após a divulgação de uma pesquisa interna onde a vereadora aparece na liderança na disputa ao Palácio das Princesas. Ambos vão se encontrar justamente em Minas, estado onde a possibilidade de aliança entre o PSB e o PT é cada vez mais remota. A cúpula nacional petista esperava que o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda (PSB) desse apoio ao governador mineiro Fernando Pimentel (PT), mas Lacerda voltou a descartar a hipótese. O apoio do PSB a Pimentel em Minas seria importante para que o PT de Pernambuco fizesse um gesto semelhante com Paulo Câmara (PSB), mas as alianças nos dois estados estão empacadas. Pimentel passa por um momento de desgastes, com ameaça de greve de prefeitos, ataques a ônibus e conflitos com policiais e Lacerda se fortaleceu como terceira via.
“Em um determinado momento, esse assunto surgiu em função da situação de Pernambuco. Mas o PT queria discutir um apoio do PSB em nível nacional. Mas não prosperou. Então essa troca, PT apoiando o PSB em Pernambuco e vice-versa aqui, nunca teve uma base concreta e isso foi desmentido pela direção nacional do PSB também”, disse Lacerda em entrevista ao Estado.
Em Belo Horizonte, o evento pró-Lula contará com a presença da cúpula partidária do PT e, de uma forma ou de outra, Humberto e Marília vão estender as mãos ou, simplesmente, se evitarem. A assessoria de ambos foi procurada e, até o fechamento da edição, não havia previsão de que eles conversariam.
Um evento preparado pelos aliados de Marília no Sindicato dos Bancários, no próximo domingo (10), incomodou ainda mais Humberto e os petistas que defendem a aliança estadual com o PSB. O ato político na entidade sindical não tem poder de decisão, mas vai substituir o encontro eleitoral do PT, que foi adiado pela executiva nacional para o final de julho. “Marília está armando uma trincheira, chamando uma grande plenária. Isso é uma declaração de guerra interna. É um motim”, disse o vice-presidente estadual do PT, Oscar Barreto.
“Não tem motim. O PT brigou a vida inteira para que tivesse a liberdade de organização e ele (Oscar) não pode querer tutelar”, afirmou Sheila Oliveira, secretária de comunicação da executiva estadual e membro direção nacional do PT.Segundo Sheila, a executiva nacional deu carta branca a todos os pré-candidatos do PT para que continuassem suas articulações políticas.
aline.moura1@diariodepernambuco.com.br
O senador Humberto Costa e a vereadora Marília Arraes estão em lados opostos no PT pernambucano – o parlamentar articula uma aliança estadual com o PSB e Marília defende a própria candidatura ao governo do estado -, mas eles têm algo em comum que vão compartilhar hoje. Ambos estarão em Belo Horizonte (MG), no mesmo palanque, para participar do pré-lançamento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. A decisão petista até soa ao campo de esquerda como uma intransigência, mas o PT nacional acredita que abrir mão do projeto Lula na eleição de 2018 é o mesmo que abandonar a história do seu principal líder político. Lula está preso em Curitiba (PR) desde o último dia 7 de abril.
Humberto e Marília Arraes não têm conversado em Pernambuco, mesmo após a divulgação de uma pesquisa interna onde a vereadora aparece na liderança na disputa ao Palácio das Princesas. Ambos vão se encontrar justamente em Minas, estado onde a possibilidade de aliança entre o PSB e o PT é cada vez mais remota. A cúpula nacional petista esperava que o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda (PSB) desse apoio ao governador mineiro Fernando Pimentel (PT), mas Lacerda voltou a descartar a hipótese. O apoio do PSB a Pimentel em Minas seria importante para que o PT de Pernambuco fizesse um gesto semelhante com Paulo Câmara (PSB), mas as alianças nos dois estados estão empacadas. Pimentel passa por um momento de desgastes, com ameaça de greve de prefeitos, ataques a ônibus e conflitos com policiais e Lacerda se fortaleceu como terceira via.
“Em um determinado momento, esse assunto surgiu em função da situação de Pernambuco. Mas o PT queria discutir um apoio do PSB em nível nacional. Mas não prosperou. Então essa troca, PT apoiando o PSB em Pernambuco e vice-versa aqui, nunca teve uma base concreta e isso foi desmentido pela direção nacional do PSB também”, disse Lacerda em entrevista ao Estado.
Em Belo Horizonte, o evento pró-Lula contará com a presença da cúpula partidária do PT e, de uma forma ou de outra, Humberto e Marília vão estender as mãos ou, simplesmente, se evitarem. A assessoria de ambos foi procurada e, até o fechamento da edição, não havia previsão de que eles conversariam.
Um evento preparado pelos aliados de Marília no Sindicato dos Bancários, no próximo domingo (10), incomodou ainda mais Humberto e os petistas que defendem a aliança estadual com o PSB. O ato político na entidade sindical não tem poder de decisão, mas vai substituir o encontro eleitoral do PT, que foi adiado pela executiva nacional para o final de julho. “Marília está armando uma trincheira, chamando uma grande plenária. Isso é uma declaração de guerra interna. É um motim”, disse o vice-presidente estadual do PT, Oscar Barreto.
“Não tem motim. O PT brigou a vida inteira para que tivesse a liberdade de organização e ele (Oscar) não pode querer tutelar”, afirmou Sheila Oliveira, secretária de comunicação da executiva estadual e membro direção nacional do PT.Segundo Sheila, a executiva nacional deu carta branca a todos os pré-candidatos do PT para que continuassem suas articulações políticas.
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