sexta-feira, 4 de junho de 2010

Território sem lei


O Tribunal Regional Eleitoral deu a sua parcela de contribuição para ratificar no Brasil a tese de que fidelidade partidária é de fato letra morta ao salvar os mandatos dos deputados estaduais Ciro Coelho e Sebastião Rufino. Adesistas juramentados - recorrendo ao linguajar de Odorico Paraguaçu, do Bem Amado - Ciro e Rufino trocaram o DEM, onde militaram a vida inteira e por isso nunca perderão o carimbo de direita, pelo PSB. Ambos não têm histórico com a legenda nem tradição de defender causas sociais. Chegaram de pára-quedas, por mero oportunismo eleitoral e eleitoreiro. São governistas desde criancinhas e qualquer partido que esteja no poder representa, para eles, a tábua de salvação. Ciro e Rufino deixam o DEM ferindo frontalmente a legislação eleitoral. Alegaram perseguição e a justiça eleitoral caiu na esfarrapela, assinando um atestado de conivência.
Triste país em que se criam leis para serem afrontadas, desrespeitadas, anuladas e ignoradas. Lá atrás, o Tribunal Superior Eleitoral, em resposta a uma consulta do Congresso, atestou e referendou posteriormente que o mandato pertence ao partido e não ao seu mandatário. Eleito, o parlamentar, portanto, não poderia trocar de agremiação como se troca de camisa. Alguém respeitou ao pé da letra? Extensão do TSE, o Tribunal Regional Eleitoral telegrafou à sua instância superior comunicando que Pernambuco é nação independente. Não deve satisfação a ninguém. Por Magno Martins

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