segunda-feira, 24 de julho de 2017

Senado sem candidato natural


    Se em Pernambuco o cenário para as eleições de governador em 2018 se encontra, hoje, cheio de incertezas, conforme já abordei em comentário neste espaço, para o Senado está mais embaralhado ainda. Hoje, só existe um pré-candidato – o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), pela aliança encabeçada pelo governador Paulo Câmara (PSB), que vai à reeleição.
Se o PSDB voltar à coligação governista, o ministro de Cidades, Bruno Araújo, seria o nome natural para fechar a chapa como o segundo candidato a senador. São duas vagas em disputa – a de Armando Monteiro (PTB), pré-candidato a governador, e Humberto Costa (PT), que tentará uma vaga na Câmara dos Deputados. Na hipótese de o DEM ser o aliado do PSB e não o PSDB, o nome natural para o Senado é o do ministro da Educação, Mendonça Filho.
Os nomes, hoje, se restringem ao trio – Jarbas, Bruno e Mendonça. Se o PT se entender numa chapa com o PDT, o que parece provável, o candidato a senador da pré-candidata a governadora Marília Arraes tende a ser o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz. Hoje filiado ao PSDB, o ex-governador João Lyra Neto é também cogitado para o Senado num cenário em que Bruno optasse pela reeleição à Câmara Federal.
Correndo por fora, surge o inquieto e polêmico deputado Sílvio Costa, presidente estadual do PCdoB, que entrou no páreo, segundo as más línguas, apenas para ocupar espaço na mídia, porque, na verdade, seu projeto é emplacar novo mandato federal. Se vier de fato a disputar o Senado, o deputado pode prejudicar o projeto de Armando ao Governo do Estado, até porque nenhum senador aceitaria compor a chapa de Armando para senador com Silvio Costa, aliado histórico do trabalhista, num voo solo para o Senado.
A eleição para o Senado em Pernambuco, portanto, está zerada e até o seu start pode surgir novidades. Tem um cenário pela frente a ser ocupado por um nome alternativo aos políticos tradicionais. Existe um consenso em Brasília de que os escândalos no País, com destaque para a Lava Jato, dificultarão a eleição de políticos que tenham tido seus nomes citados na lista de propinas ou caixa dois do esquema desmontado pelo juiz Sérgio Moro.
A renovação da Câmara dos Deputados tende a ser elevada nas eleições de 2018 não apenas em Pernambuco, mas no País e o Senado, consequentemente, não ficará imune a este furacão de mudanças. Nas ruas, há, também, um sentimento da população de reprovação aos profissionais da política, que fazem dela trampolim para obter vantagens, inclusive o enriquecimento ilícito.
Por Magno Martins

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