terça-feira, 12 de junho de 2018

Oposição confirma Armando para o governo de Pernambuco e Mendonça para o Senado

Por Amanda Miranda 
Sem novidades, o bloco de oposição Pernambuco Vai Mudar anunciou nesta segunda-feira (11), após dois adiamentos, metade da chapa majoritária para este ano. O senador Armando Monteiro Neto (PTB) vai disputar o governo, reeditando o pleito de 2014 contra Paulo Câmara (PSB). O deputado federal Mendonça Filho (DEM) será um dos candidatos ao Senado. As outras duas vagas – de vice e para outro postulante para senador – ficaram em aberto, uma reservada para o PSDB e outra aguardando novos aliados, entre eles possivelmente o PSC do deputado estadual André Ferreira.
Hoje na base de Paulo Câmara, Ferreira tenta uma vaga ao Senado, mas pode perder o espaço caso a aliança dos socialistas com o PT seja consolidada. Se isso acontecer, uma vaga seria do deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) e a outra para o senador petista Humberto Costa tentar reeleição. Evitando ser limado, Ferreira estaria se articulando também com a oposição. Na chapa governista, apenas o nome de Paulo Câmara é dado como certo.
O anúncio da chapa havia sido marcado inicialmente para 20 de abril, mas foi adiado devido às costuras eleitorais e, comenta-se nos bastidores, à indefinição do PT. Depois, foi previsto para o dia 28 e, em seguida, transferido para o dia 4, quando foi postergado novamente devido à greve dos caminhoneiros.
O grupo liderado por Armando e Mendonça, além do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e do deputado federal Bruno Araújo (PSDB), fez seu primeiro ato público em agosto do ano passado, em Caruaru, no Agreste. Era um ato do Ministério das Cidades, ainda sob o comando do tucano. “Oxalá, Caruaru e Petrolina tenhamos mais uma vez se unindo para poder anunciar que Pernambuco espera um novo tempo, de trabalho, de progresso, de construção e de transformação”, afirmava FBC, nos últimos dias como filiado no PSB.
senador chegou a ser um dos principais cotados para o governo. No entanto, a insegurança jurídica provocada pela briga que ainda se arrasta pelo comando do MDB o afastou da posição. Hoje, atua como um dos principais articuladores políticos da chapa. FBC entrou no partido que há décadas está com o grupo de Jarbas Vasconcelos para tentar tirá-lo da base de apoio a Paulo Câmara, mas, na Justiça, o atual presidente, o vice-governador Raul Henry, conseguiu se manter no cargo. Sem conseguir, manter o MDB, o filho dele, o deputado federal Fernando Filho, entrou no DEM.
Antes de definir a chapa, a oposição fez três quatro eventos nas regiões onde as lideranças têm base eleitoral. O primeiro foi em dezembro, no Recife. O segundo, em janeiro, em Petrolina, no Sertão, reduto de Fernando Bezerra Coelho. O terceiro, em março, em Caruaru, onde a prefeita é a tucana Raquel Lyra. O último foi já em abril, em Ipojuca, cidade governada pelo PTB de Armando Monteiro.
Em meio aos eventos, parte da frente, tentou incentivar a candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes, buscando evitar uma união entre PT e PSB. Usaram a estratégia de lembrar que socialistas votaram a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e Bruno Araújo, um dos principais negociadores do afastamento da petista, chegou a afirmar que o próprio Paulo Câmara articulou com ele o processo, o que foi negado pelo governador. Do outro lado, o PSB tem tentado atribuir à oposição a pecha de ‘palanque de Temer’, tentando colar a imagem dos adversários à do presidente, cuja reprovação chegou a 82% na pesquisa Datafolha divulgada nesse domingo (10).

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