




Ansioso em responder o que não tem resposta, o líder do governo Isaltino Nascimento bradou que mais de 80% das intervenções estavam concluídas e, logo, o Santos Dumont iria voltar a cumprir seu papel e ser um espaço privilegiado para a prática esportiva. Chegou até a, ironicamente, me convidar para visitar o local insinuando que, talvez, pudesse ter errado de endereço. Neste dia chegou inclusive a anunciar que serão construídos no Centro Santos Dumont um museu e o parque aquático, obras orçadas em R$ 750 mil.
Passados alguns meses, denúncias continuaram a chegar sobre a real situação do centro esportivo, realidade bem diferente da que o governo insiste em defender. Hoje nossa assessoria esteve no local. A má conservação continua sendo o retrato mais fiel do que o Santos Dumont é no Pernambuco real, bem diferente da propaganda. O mato continua crescendo às margens da pista de atletismo. A lama marcava o que deveria ser um campo de futebol. Na quadra poliesportiva, em vez de atletas, o que se via eram dois rapazes tirando um cochilo. O bebedouro continua sem funcionar, depredado. Com medo de assaltos, mães passavam apressadas pelo local para deixar os filhos na escola estadual próxima.
As imagens falam por si só e revelam, mais uma vez, o nível do apoio que este governo de fato concede ao esporte de nosso estado que inclusive tem secretaria específica para a área. A falta de política pública para o setor tem, inclusive, levado muitos atletas a deixar Pernambuco.
Em 2007, o governador Eduardo Campos anunciou que iria injetar R$ 1,3 milhão no Centro, celeiro dos maiores talentos do atletismo pernambucano. Na oportunidade, o ministro do Esporte Orlando Silva chegou a anunciar que “o Santos Dumont seria transformado no centro esportivo referência em todo o nordeste”.
Falaram, bradaram e o Santos Dumont continua muito longe de ser o local que serviria para os treinos dos atletas pernambucanos de ponta. Onde estão os mais de R$ 1 milhão, governador? Onde estão as obras, Isaltino?
Parece pouco, mas não é. Este é só um dos muitos exemplos que estamos denunciando sobre a virtualidade do atual governo. O Pernambuco real está longe do que a propaganda e a retórica governista querem dar a entender.
Escrito por Augusto Coutinho
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