Revoltados com a suspensão da veiculação da propaganda partidária do PMDB, os partidos de oposição no estado (PMDB/DEM/PSDB e PPS) emitiram ontem uma nota conjunta criticando a posição do desembargador eleitoral Francisco Julião. "Trata-se de uma decisão arbitrária e retrógada, que abre um sério precedente em Pernambuco, no momento em que o Brasil debatea questão da censura à imprensa. Em qualquer democracia do mundo, quem ganha a eleição vai governar e quem perde assume a função de fiscal ", diz a nota.A discussão sobre a suspensão da propaganda do PMDB também ecoou na Assembleia Legislativa. O líder da oposição, deputado Augusto Coutinho (DEM) disse na tribuna que a ação do PDT tinha o DNA do governo. "O PDT está servindo de instrumento do governo. A função da oposição é questionar o governo", afirmou o democrata. O líder do governo, deputado Isaltino Nascimento (PT), alegou que, num processo democrático, quando uma parte se sente atingida, é natural recorrer à Justiça. "A atitude da oposição é uma clara demonstração de desespero", criticou.
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