Discussão temperada

Jarbas Vasconcelos (PMDB) não aceitou o convite feito pelos líderes da bancada pernambucana na Câmara dos Deputados, Pedro Eugênio e Cadoca, para ir ao Palácio do Campo das Princesas, quinta-feira à tarde, participar da discussão com o governador Eduardo Campos (PSB) sobre a divisão de royalties do pré-sal. Preferiu ficar em Brasília por conta da votação da reforma eleitoral do Senado.
Como o estilo de fazer política do senador lembra muito uma cocada de sal, ele perdeu uma ótima oportunidade para colocar uma pitada de sua experiência no assunto no debate promovido pelo governador.
Aliás, não foi só Jarbas Vasconcelos que recusou o convite, não. Os senadores Marco Maciel e Sérgio Guerra também não pisaram lá e dos 25 deputados federais só participaram l3: Gonzaga Patriota, Maurício Rands, Ana Arraes, Paulo Rubem, José Chaves, Carlos Eduardo Cadoca, Pedro Eugênio, Armando Monteiro Neto, Wolney Queiroz, Fernando Bezerra Filho, Charles Lucena, Sílvio Costa Filho e Raul Henry.
Raul Henry, único representante da oposição ao Governo de Pernambuco nas esferas estadual e federal, falou em nome dos colegas e elogiou a postura do governador que, há uma semana, fez um discurso duro contra um possível acúmulo das riquezas do pré-sal nos três estados produtores, ou seja, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.
E afirmou: "O pronunciamento do governador foi muito oportuno e importante. Temos desigualdades históricas no país e essas reservas se encontram, justamente, nos mesmos lugares onde já há uma concentração de renda histórica. É hora de Pernambuco se unir para termos um país mais equilibrado e justo”. Divane Carvalho