quinta-feira, 30 de setembro de 2010

“O PSDB não honrou seus compromissos”


DÉBORA DUQUE   


Faltando apenas quatro dias para o término do que o próprio senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) chegou a classificar como a campanha “mais difícil” de sua vida, um dos membros da coordenação do programa de governo da coligação Pernambuco Pode Mais, José Arlindo Soares, fez um balanço dos obstáculos enfrentados por seu candidato a governador. Em tom de desabafo, citou como principal dificuldade da campanha jarbista a migração de lideranças do próprio PMDB, do DEM, mas, principalmente, do PSDB para o lado governista. “O PSDB não honrou seus compromissos”, criticou o ex-secretário de Planejamento, durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7.

Para ele, o adesismo dos antigos aliados dificultou a penetração da campanha no interior do Estado, fato agravado ainda pelos problemas financeiros. Com as pesquisas indicando uma diferença na faixa dos 50 pontos percentuais entre Jarbas e o governador Eduardo Campos (PSB), José Arlindo acredita que o senador não deveria ter saído como candidato. “Jarbas estava num patamar nacional, ampliou seu papel de combate aos desvios éticos do Governo Lula, e simplesmente voltou para o plano estaudal”, comentou, acrescentando que não houve uma preparação prévia para o lançamento da candidatura. Contudo, ressaltou a “firmeza, lealdade e “determinação” do ex-governador ao aceitar o desafio. “Ele teve senso de responsabilidade, de que era preciso uma opção competitiva que desse unidade à campanha”, assinalou Arlindo.


Em sua análise, o peemedebista poderia estar contribuindo ainda mais com a campanha do presidenciável José Serra (PSDB), se estivesse fora da disputa pelo Governo. “Ele cumpriu com o sacrifício não só pessoal, mas também nacional, porque a candidatura de Serra precisava dele”, avaliou. Sem citar nominalmente o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, José Arlindo apontou ainda falhas na coordenação nacional da campanha do presidenciável tucano, que está sob a responsabilidade do senador. “É a chamada micro-política. Estão fazendo acomodações locais de acordo com o que a maré indica localmente, mas falta uma estratégia a nivel nacional”, alfinetou.

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