segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Augusto Coutinho revela que foi assediado

CAROL BRITO

Após a sucessiva perda de musculatura do seu partido para as eleições de 2012, o deputado federal Augusto Coutinho (DEM) desabafou contra o adesismo ao Governo e teceu duras críticas a criação do PSD, principal algoz da sigla democrata. O parlamentar revelou que “foi assediado” para também fazer a mudança, mas que decidiu “manter a postura de coerência com sua história pública e eleitorado”. Para Coutinho, o novo partido só conseguiu ser viabilizado porque a presidente Dilma Rousseff (PT) “saiu atropelando todo o processo para a criação de uma legenda” e que o PT usa a máquina pública como “forma de assediar” políticos.

“O PSD desvirtuou todas as regras de criação de um partido. Isso foi feito por força da presidente, que saiu atropelando tudo para viabilizar a sigla nos tribunais”, asseverou Coutinho, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem. O democrata ainda atacou a falta de direção partidária da sigla recém-criada e que os parlamentares que aderiram “se acomodaram na janela partidária”.

“A criação do PSD não é uma questão ideológica, eles nem ideologia têm. A ideologia deles é o Governo. Eu respeito muito os companheiros que foram para o partido, mas o PSD foi uma ponto para muitos saírem da oposição e criar uma ponte para o Governo”, colocou.

Augusto garantiu que se mantém na sigla democrata e na oposição, como foi definido pelos eleitores, no ano passado. “Assédios não me faltaram, de toda forma teve. Não sou idiota e sei das nossas dificuldades. Temos candidatos fortes, tempo de televisão e fundo partidário. Temos uma estrutura ainda”, colocou. Coutinho completou que, “se necessário“, apagará a luz da sigla junto com o presidente estadual do partido, Mendonça Filho.

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