sexta-feira, 7 de julho de 2017

PSDB cai fora, DEM conspira


   O jornal O Estado de São Paulo entrou em contato com os 513 deputados federais, por telefone, e-mail, mensagem ou pessoalmente. De acordo com o placar, 162 deputados são favoráveis à admissibilidade da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer e 57 são contrários. A maioria informou que não vai manifestar seu voto ou se declarou indecisa: 293.
Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, o parecer do relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ) deve ser divulgado na próxima semana - o placar mostra que, dos 66 parlamentares do colegiado, 19 são favoráveis à aceitação da denúncia, sete são contrários, 32 não responderam e 8 se declaram indecisos. Para que o Supremo Tribunal Federal julgue a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Temer, a Câmara deve, antes, dar aval.
O processo é analisado na CCJ, que emite um parecer contrário ou favorável ao processo. Independentemente do resultado na CCJ, o caso é votado no plenário. Para que seja encaminhada ao STF, a denúncia precisa do apoio de dois terços da casa (342 votos). Enquanto o PSDB sinaliza que pulou do barco de Temer, o DEM dá sinais ainda de lealdade. Mas o que se diz nos bastidores é que tem muita gente do partido conspirando, porque na linha de sucessão, em caso de vacância do cargo, quem assume é Rodrigo Maia, principal liderança democrata.
O presidente, senador José Agripino (RN), diz que o partido mantém o apoio ao Governo e não vai "precipitar" um eventual afastamento do presidente Michel Temer. Segundo ele, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é o primeiro na linha sucessória da presidência da República, a legenda não vai "empurrar nenhuma solução" para a saída de Temer.
Agripino disse que, caso a denúncia seja aceita pela Câmara e Temer seja afastado, o DEM vai apenas seguir o que determina a Constituição e "manter seu compromisso com o País". Nesse caso, Maia assumiria o cargo por até 180 dias até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o caso. Se Temer for condenado, o democrata também é considerado o candidato o favorito em caso de eleição indireta.

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