sábado, 2 de junho de 2018

Presidenciáveis comentam demissão de Parente


Jornal do Brasil
Pré-candidatos à Presidência fizeram declarações sobre o pedido de demissão de Pedro Parente da Petrobras. Defensor dos reajustes diários de preços dos combustíveis, Parente preferiu deixar o comando da petrolífera de capital misto após a greve de caminhoneiros, que causou uma grave crise de abastecimento em todo o país.
Oito dos presidenciáveis já se pronunciaram sobre a demissão de Parente. Veja:
Geraldo Alckmin
Pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin poupou Pedro Parente, filiado ao seu partido, de críticas ao falar sobre a demissão do executivo da presidência da Petrobras, nesta sexta-feira, 1º.
Pelas redes sociais, Alckmin afirmou que não se pode "desperdiçar" o trabalho de Parente à frente da estatal. "Com a saída de Pedro Parente, o importante nesse momento é não desperdiçar o trabalho de recuperação da Petrobras", diz a nota do tucano.
O presidenciável defendeu a discussão sobre uma política de preços de combustíveis que "preservando a empresa, proteja os consumidores."
Rodrigo Maia
Pré-candidato do DEM, Rodrigo Maia lamentou a saída de Parente e disse que a questão da redução dos preços dos combustíveis poderia ter sido resolvida "sem intervenção".
"Ele tinha muita credibilidade e estava fazendo um ótimo trabalho. A questão do preço dos combustíveis poderia ter uma saída sem nenhum tipo de intervenção", reagiu o presidente da Câmara, para quem o governo poderia ter resolvido a questão por meio de impostos regulatórios.
Ciro Gomes
Um dos presidenciáveis que havia cobrado publicamente a demissão de Pedro Parente da Petrobras, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou que a saída do executivo da estatal não é suficiente e que a política de preços adotada durante sua gestão seja revista. 
"Não basta demitir o senhor Pedro Parente", disse Ciro, em vídeo publicado em suas redes sociais. "É preciso exigir que a política de preços que ele impôs seja trocada", completou, reforçando que a revisão da situação não pode ser feita com "demagogia".
Ciro Gomes já havia cobrado publicamente demissão de Pedro Parente da Petrobras
Ciro defende que a Petrobras adote um modelo de preços com base em seus custos e lucros comparados com os competidores, e não com base na variação do dólar e dos ativos no mercado internacional. O pedetista cobrou que a empresa atenda aos interesses nacionais, e não aos de acionistas minoritários. 
Ciro reforçou a ligação de Parente com o PSDB. Ele classificou como "falta de respeito" o aumento do preço na gasolina em plena crise decorrente da greve dos caminhoneiros. "Essa falta de respeito é a política do PSDB", disse o presidenciável do PDT.
Manuela D'Ávila
A pré-candidata à Presidência pelo PCdoB Manuela D'Ávila publicou postagens nas redes sociais ironizando a renúncia de Pedro Parente da presidência da Petrobras.
Em suas contas no Twitter, Facebook e Instagram, Manuela compartilhou uma foto de Parente com a legenda "Tchau, querido!" (popular na época do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff). Também foi postado um "meme" com a declaração de Parente de que "o que prometi foi entregue", citando 116 reajustes da gasolina nos últimos seis meses.
A pré-candidata também afirmou que Parente foi "botado pra fora" por pressão popular. Sobre uma citação do chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, de que Parente fazia parte da "equipe dos sonhos" de Temer, Manuela ironizou: "Sonho do mercado, pesadelo de milhões. Já foi tarde".
Flávio Rocha
Em sua conta no Twitter, o pré-candidato à Presidência Flávio Rocha (PRB) criticou as gestões dos últimos três presidentes da Petrobras, incluindo Pedro Parente, que pediu demissão do cargo nesta sexta-feira, 1º."Gabrielli e Graça Foster usaram a Petrobras para conter a inflação e quase quebraram a empresa. 
Parente repassou o alto custo da ineficiência e gerou a revolta dos caminhoneiros", declarou Rocha. "O problema não é a política de preços, é o monopólio", concluiu.Em outras entrevistas, Rocha já havia feito críticas ao modelo de gestão da Petrobras, afirmando que a privatização da empresa seria a solução para as recentes crises da petrolífera.
Guilherme Boulos
O pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, declarou em seu Twitter que está satisfeito com a saída de Pedro Parente da diretoria da Petrobras. Em sua conta no microblog, Boulos escreveu "Pedro parente já vai tarde. A desastrosa política de preços da Petrobras e a privatização branca causaram um estrago que o povo brasileiro está sentindo no bolso. Parente já foi, agora falta o Temer!"
Em um tuíte anterior, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) já havia criticado a postura do presidente da estatal. "Para baixar o diesel, governo retira quase R$ 200 milhões de universidades públicas e do SUS Sistema Único de Saúde. A opção é cortar em Saúde e Educação em vez de enfrentar os interesses financeiros que sustentam a política de preços da Petrobras. Retrato das prioridades de Temer e Pedro Parente", escreveu.
João Amoêdo
Pelas redes sociais, João Amoêdo (Novo) defendeu Pedro Parente:
"Esse é o ambiente que temos hoje: a velha política afasta os bons profissionais", declarou Amoêdo em postagem no Twitter e no Facebook. "Reverter esse quadro é um dos nossos objetivos", complementou.
Alvaro Dias
Em um tuíte, o pré-candidato à Presidência da República Alvaro Dias (Podemos) disse que Pedro Parente foi a primeira "vítima" da greve dos caminhoneiros no governo. "A greve dos caminhoneiros fez a primeira vítima no governo: o presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão", diz texto assinado pela equipe de Alvaro Dias em sua conta no Twitter. 
Em outra publicação, o presidenciável observou que o mercado financeiro fechou hoje "em dia de tensão". As ações da Petrobras caíram, nesta sexta-feira, 14,86% (PN) e 14,92% (ON).

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