terça-feira, 26 de outubro de 2010

Em homenagem a Romeu Tuma, Senado suspende sessão

No G1
Em homenagem ao senador Romeu Tuma (PTB-SP), que morreu nesta terça em São Paulo, o Senado Federal suspendeu a sessão da tarde desta terça-feira (26). Antes de encerrar a sessão, alguns senadores fizeram discursos em homenagem ao colega.
De acordo com a segunda vice-presidente da Casa, Serys Shlessarenko (PT-MT), um grupo de pelo menos sete senadores vai acompanhar o velório em São Paulo.
O primeiro a discursar foi Marco Maciel (DEM-PE). Ele destacou a biografia de Tuma como ex-diretor da Polícia Federal e como atual Corregedor do Senado. O senador do DEM destacou a atuação do petebista na área de segurança pública.
“Gostaria de expressar o sentimento não somente do meu partido, mas de todo o Senado e da Câmara pelo passamento deste ilustre homem público. Desejaria acrescentar que ele deixou aqui grandes amigos. Ele era uma personalidade de trato ameno e era extremamente assíduo nas sessões do Senado e do Congresso. Devo também acrescentar que ao longo de sua vida pública ele sempre teve presente a necessidade de realizar políticas voltadas à redução da criminalidade no país”, afirmou Maciel.
Tuma foi candidato à reeleição nas últimas eleições, mas os problemas de saúde o impediram de participar ativamente da campanha. Ele acabou em quarto lugar nas urnas. O líder do PTB, senador Gim Argello (DF), destacou este fato.
“Tuma era um homem conhecido no nosso país, que muitas vezes foi tutor nessa Casa de vários senadores. Senador eleito pela primeira vez em 1994, antes disso ele teve uma carreira brilhante nos serviços públicos. Mesmo enfermo, ele atingiu 4 milhões de votos sem fazer campanha, deitado em um leito de hospital”, destacou Argello.
O vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PSDB-PR), destacou a atuação de Tuma na Polícia. “Registramos o falecimento de um homem publico que dedicou-se integralmente a servir a sociedade brasileira, reconhecidamente um grande policial”.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) destacou a emotividade de Tuma. “Eu vi muitas vezes Tuma chorar. Aliás, como ele chorava com facilidade, era profundamente emotivo, um homem que tinha a sensibilidade permanentemente voltada para tudo que o cercava”.
Simon destacou ainda a atuação de Tuma ainda na ditadura militar quanto à prisão do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, então líder sindical. O peemedebista destacou que Tuma liberou Lula para fazer um tratamento dentário mesmo com toda a rigidez com que os presos eram tratados no regime.
“Tuma mostrava que um homem não é escravo do seu ambiente, de sua sociedade. Um homem pode viver nas circunstâncias que viver. Ele tinha tudo para ser sacerdote, bispo, pastor, do bem, tinha tudo para ser homem voltado a atividade social, do bem, e era um policial, um policial do bem”, afirmou o peemedebista.
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) destacou a relação de Tuma com os colegas. “O Senado perde um grande senador, sua família perde um grande homem e o país perde um grande brasileiro e nós perdemos aqui no senado um grande amigo”.
A segunda vice-presidente, Serys, afirmou que recebeu um pedido do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), para representá-lo no velório. Serys também fez elogios ao colega falecido. “Tuma sempre teve uma atuação muito determinada em todos os aspectos junto ao Senado. Aonde quer que o senhor esteja, obrigado por fazer parte da história do nosso país”.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) foi o último a chegar e também fez um breve discurso lembrando a convivência com Tuma. “Perdemos um colega cordial, um colega que se aproximava de cada um de nós como amigo”.
Na sequência, os senadores fizeram um minuto de silêncio e a sessão foi encerrada.

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