segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Rio, exemplo de inteligência

   
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Vitória e Maringá. Nesta ordem, estas são as cidades mais inteligentes do País, segundo estudo da consultoria internacional Urban Systems, que analisou 700 municípios brasileiros para elaborar um ranking com as 50 cidades que usam melhor as ferramentas tecnológicas e de informação.
Recife é a única do Nordeste que aparece entre as 10 mais inteligentes. Fortaleza se situa na 18ª posição e Salvador na 31ª. O que são cidades inteligentes? Segundo o economista Edward Glaeser, da Universidade de Harvard, são centros urbanos que propiciam um ambiente favorável para as pessoas serem mais produtivas e criativas.
No aspecto governança, em que portais de transparência funcionam e serviços públicos podem ser realizados pela internet, Recife aparece em quarto lugar, abaixo de Amparo (SP), Belo Horizonte e Curitiba. Em outubro do ano passado, um decreto da Prefeitura de Curitiba regulamentou as regras para que as informações geradas pelos órgãos públicos municipais sejam postas à disposição da sociedade, sem restrições.
No caso do Rio, a cidade mais inteligente do País, a cidade está reduzindo sua dependência da cadeia de petróleo e gás, hoje em crise. Os negócios na área, entretanto, movimentam, anualmente, R$ 13 bilhões, fazendo da capital carioca o segundo polo de economia criativa do País, atrás apenas de São Paulo.
Os empreendedores desses negócios encontraram um ambiente favorável. O Rio ganhou cinco parques tecnológicos e 23 incubadoras de empresas, cerca de 6% do total do Brasil. Uma cidade inteligente e conectada é mais atraente aos olhos dos investidores. Nos últimos cinco anos, o Rio recebeu 30 bilhões de dólares em investimento estrangeiro, o que ajudou a gerar 57 mil empregos.
Dos aspectos pesaram para levar a cidade do Rio de Janeiro a ser considerada a mais inteligente e conectada do País: o número de domicílios conectados à internet é superior à média nacional, o que é importante para negócios inovadores. Na diversificação da sua economia houve o surgimento de empresas de tecnologia e isso ajudou na expansão da economia criativa da cidade.
Com a internet, o Rio ganhou qualidade de serviços em muitas áreas. Cidade passível de alagamentos e deslizamentos de terras quando chove, criou um centro de monitoramento de tragédias, onde trabalham 50 operadores. A função deles é acompanhar as imagens captadas por 1.000 câmaras espalhadas pelas ruas.
Com base no que veem, esses operadores podem acionar servidores de 30 órgãos municipais e estaduais para avisar a população quando as tempestades estão chegando, organizar o trânsito em caso de complicações ou providenciar o reparo de uma lâmpada na rede de iluminação pública.
O centro tem cumprido o papel de evitar tragédias e gerir o tráfego. Desde que foi criado, nenhuma morte por desmoronamento foi registrada. Tudo é possível ter ganhos e fazer mais. A Prefeitura do Rio identifica as escolas que mais gastam égua e os bairros com maior incidência de dengue. O valor das contas de água caiu até 80% e os casos de dengue baixaram, em um ano, de 1.000 para 41 a cada 100 mil habitantes.

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