segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Lula retira a rede de proteção

Longe de mim pretender dar conselhos a José Sarney.
Sua longa carreira recua até 1954, quando se elegeu quarto suplente de deputado federal pelo PSD. Cria do lendário coronel maranhense Vitorino Freire. Em 1958 rompeu com Vitorino e ingressou na UDN. Foi o início de uma carreira vitoriosa.
Enfant gâté da ditadura, José Ribamar Ferreira de Araújo Costa (este é seu nome verdadeiro) ocupou todos os postos políticos, foi amigo de todos os coronéis da política e mais ainda dos generais do Exército.
Conseguiu todas as benesses, nomeou amigos para todos os cargos.
Rompeu com a ditadura quando esta caía de podre. Era hora de aderir aos novos tempos.
Aliás, identificar a mudança dos ventos antes de qualquer um é especialidade de José Sarney. Um pioneiro.
Assim foi com Lula. Sarney foi o primeiro dos dinossauros a aderir à candidatura do antigo sindicalista. E aderiu com toda a famiglia.
Ficou a lado de Lula nos momentos mais difíceis do mensalão, quando o escândalo estava batendo à porta do gabinete do presidente. Apoiou Lula na reeleição de 2006.
Apóia a candidatura da ministra Dilma Rousseff. E apoiará seu governo, caso ela venha a ser eleita.
A menos que o vento mude...
Quanto ao presidente Lula, é grato a Sarney. E gratidão é um sentimento que o presidente parece prezar muito.
O apoio de Sarney durante os meses tormentosos do mensalão calaram fundo em Lula.
Por isso, em 2009, ao ver seu aliado afogado em denúncias cada vez mais cabeludas, o presidente estendeu seu manto protetor, afirmando que Sarney não podia ser julgado como um homem “comum”.
Continuou defendendo Sarney, ao tentar intimidar o Ministério Público, afirmando que é preciso ter cuidado com a biografia do investigado.
Mas o presidente Lula tem um limite. E este limite é a perda de sua popularidade.
Nesta hora, Lula retira a rede de proteção sem a menor cerimônia.
Assim foi quando o escândalo do mensalão chegou muito perto de atingi-lo. Atirou ao mar, sem dó nem piedade, companheiros de 30 anos, como Luiz Gushiken, e companheiros responsáveis por sua vitória em 2002, como José Dirceu e José Genoíno.
Fez o mesmo com Antonio Palocci, acusado de mentir no Congresso Nacional e de violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo.
Nas eleições de 2006, quando um grupo de petistas foi apanhado tentando comprar um dossiê forjado contra o candidato José Serra, foi o presidente Lula quem, para afastar-se do crime, chamou o grupo de “aloprados”.
E vem dando certo.
O cálculo político de Lula o conduz. Apóia quando lhe convém. Retira o apoio quando sente que pode ser pessoalmente atingido.
Por isso, longe de mim pretender dar conselhos a José Sarney.
Mas, especialista que é na mudança dos ventos, o velho coronel não pode deixar de estar percebendo que, daqui para frente, vai ter que dar salto triplo sem rede.
A rede foi retirada. Pelo jeito, o dono da rede não quer mais brincar.Enviado por Lucia Hippolito

2 comentários:

  1. na vedade isso é tudo mentira e o ex deputado claudiano martins, fez de itaiba uma ditadura onde ele suborna tudo que por aqui passa, desdo os juizes e desembargadores ate os proprios eleitores que são comprados e muitas vezes são fantasmas"titulos eleitorais de pessoas que ja morrerão"
    não acreditem em nada de que se passa nesses textos, porque eu conheço a mafia "Martins" e posso alegar que se compara a familia corleone...

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    1. Esse bandido assassino e corrupto tanto ele como toda família, e porque não dizer bando que é o que mais se enquadra no perfil deles são tudo que já mencionei bandidos corruptos assassinos e ladrões. Só dá família dos pereira foram treze que eles mataram por questões política começando por mariano pereira e seus treze primos, e fica esses comprados fingindo que esse bandidos são bonzinho. O seu irmão nomeriano Martins, 96, veio em guanazes com seus pistoleiros assassinar mariano pereira a mando desse maldito disfarçado de político honesto tudo bandido não só ele, mas toda sua família e seus aliados.

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