quarta-feira, 22 de julho de 2009

Democratas já vê Joaquim no bloco dos governistas

Alguns líderes do partido ainda procuram estancar o mal-estar, mas outros, como André de Paula, já admitem a mudança. “Não se pode lutar quando a estratégia é estar na base governista”, lamentou Após aparecer ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), na sexta-feira, no Festival de Inverno de Garanhuns, como integrante da comitiva dele e posando para fotos, o ex-governador Joaquim Francisco (DEM) adotou o silêncio. De lá para cá, evitou dar declarações à imprensa. Mas a saída dele do DEM já é assimilada, nos bastidores, até por alguns democratas. Antes da aparição com Eduardo, o partido comandado por Mendonça Filho no Estado ainda acreditava que poderia “segurar” o ex-governador no DEM, mas ele deve ir mesmo para o PSB, conforme é especulado há mais de um mês. Ontem, Joaquim não retornou as várias ligações do JC. A mudança de campo político do ex-governador, ex-ministro, ex-prefeito e ex-deputado federal vem sendo pensada por ele há bastante tempo, mas reservadamente. Ele acredita que a troca partidária pode facilitar a sua eleição para deputado federal em 2010. Para tanto, tem mantido muitas conversas com alguns partidos – PSB, PTB e PR, por exemplo. Recentemente, Joaquim admitiu que se reuniu com o presidente estadual do PSB, o vice-prefeito Milton Coelho. Para fazer essa travessia, Joaquim conta especialmente com dois entusiastas: um sobrinho – o secretário-adjunto de Administração, o auditor fiscal José Neto –, e o ex-vereador do Recife Roberto Andrade, hoje atuando no Ministério de Ciência e Tecnologia, da cota do PSB no governo Lula. A saída de Joaquim do DEM é dada como certa por alguns correligionários. Ainda que figuras ilustres do partido como o senador Marco Maciel e o deputado federal Roberto Magalhães tenham trabalhado para garantir a manutenção dele na legenda, nos bastidores circula a informação de que nada mais pode ser feito para evitar o desligamento dele. No DEM, oficialmente ninguém admite, mas já seria ponto comum que depois de participar da “caravana do governador”, Joaquim Francisco inviabilizou sua permanência na legenda. Para o deputado federal André de Paula, o episódio evidenciou mais do que uma simples amizade entre os dois. “Não posso falar pelo partido mas minha opinião é que, de fato, essa viagem foi um sintoma clara de aproximação que vai além de qualquer convívio pessoal. É difícil acreditar que uma amizade possa produzir esse tipo de parceria”, afirmou André, referindo-se à amizade que existia entre José Francisco, pai de Joaquim, e o ex-governador Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, ambos já falecidos. André de Paula mostrou-se contrário à postura de Joaquim. “Mas não se pode lutar contra quando a estratégia é estar na base governista”. “O presidente (estadual do DEM) Mendonça Filho tentou por diversas vezes saber qual eram as insatisfações do ex-governador, mas há um momento em que a estratégia é estar na base do governador e essa é a única pendência que não podemos resolver”, disparou. O líder da oposição na Assembleia Legislativa, Augusto Coutinho (DEM), procurou minimizar o mal-estar no seu partido. “O DEM vê em Joaquim uma peça de grande importância e tem esperança de que ele não saia”, afagou. Coutinho assegurou que não há interesse da legenda em desligar o ex-governador por meio de processo interno. “Ele não ocupa mandato, que é uma prerrogativa para processos de expulsão. Aguardamos a decisão dele”. JC,21/07/09.

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