quinta-feira, 16 de julho de 2009

Palanque reforçado

Há quem acredite que o apoio do PP de Severino Cavalcanti e Eduardo da Fonte à reeleição do senador Sérgio Guerra (PSDB) é uma dissidência na Frente Popular que elegeu Eduardo Campos (PPS) governador de Pernambuco, mesmo que a decisão ainda não seja oficial.
Pode até ser. Mas pela pressa do PP em anunciar apoio ao senador tucano, faltando um ano e três meses para as eleições de 2010, parece mais que o partido da base aliada do governador tomou a iniciativa sabendo que ela pode vingar, porque ao Palácio do Campo das Princesas interessaria garantir uma das vagas do Senado para Sérgio Guerra. É claro que, pelo menos por enquanto, socialistas, petistas e demais integrantes da Frente Popular vão se mostrar surpresos com o anúncio do PP. Mas ninguém se engane: com tanto tempo pela frente, até o próximo ano o apoio à reeleição de Sérgio Guerra pode chegar às outras legendas e ao governo.
Discurso é que não vai faltar para justificar a necessidade de reeleger Eduardo Campos ao lado de um senador que trabalha por Pernambuco, é amigo pessoal do governador e não mistura amizade com política. Acha que é complicado? Que nada, os políticos costumam tirar de letra arrumações como essa e na maioria das vezes ainda conseguem convencer os eleitores de que estão certos.
Assim, quem apostar num racha na Frente Popular a partir do apoio do PP à reeleição de Sérgio Guerra, corre sério risco de perder. Pois o governador pode fazer uma aliança branca com o senador tucano e apoiar um candidato do PT para a segunda vaga do Senado. Aí entraria na corrida pela reeleição com o palanque reforçado pelo partido do presidente Lula, seu grande aliado. DC,14/07/09.

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