PSDB e PPS avaliam união

Depois de perderem a terceira eleição presidencial consecutiva para o PT, líderes do PSDB e do PPS estariam avaliando a possibilidade de fundir os dois partidos em um só. Ainda que de forma embrionária, as conversas teriam sido iniciadas pelo senador eleito tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP) e pelo presidente nacional do PPS, o pernambucano Roberto Freire, eleito deputado federal por São Paulo. Ex-chefe da Casa Civil do governo de José Serra (PSDB), Aloysio é apontado como o autor da proposição, confirmada por Freire. As informações foram publicadas, ontem, pelo blog do jornalista Josias de Souza e no site do Uol.
O argumento principal para fusão seria o de que, juntas, as duas legendas teriam maior poder de fogo no Congresso, uma forma de se contraporem aos petistas e peemedebistas. A nova sigla ainda poderia abrigar descontentes de partidos como o PMDB, DEM, PSB e PDT. Aloysio teria citado a Freire o exemplo do senador Jarbas Vasconcelos, insatisfeito no PMDB. Nessas eleições, o PSDB fez oito governadores, 11 senadores e 53 deputados federais; o PPS elegeu um senador e 12 federais.
A Josias de Souza, Freire adiantou que a proposta partiu do PSDB. "Ninguém faz fusão a partir de um partido minoritário", destacou, ressaltando que aconselhou o PSDB a incorporar quadros da "esquerda democrática". Para ele, a nova legenda precisa ter clareza de ideias. "Não pode ser um amontoado, um ajuntamento. O Brasil não precisa de outro PMDB", disparou.